sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Médico explica reversão da laqueadura

Da redação

Atualmente,  não é raro se deparar com mulheres que se arrependem de ter escolhido a laqueadura tubária como método para evitar uma nova gestação. Estima-se que a taxa de incidência global de arrependimento pós-laqueadura seja de 3 a 8%. No Brasil a proporção de mulheres arrependidas é de 10%. Um dos tratamentos disponíveis para reverter a laqueadura é a reanastomose das tubas uterinas, de acordo com o cirurgião ginecológico, Edvaldo Cavalcante.

De acordo com a revisão de alguns estudos sobre esterilização feminina, quanto maior o tempo de esterilização, maior a taxa de arrependimento, principalmente em mulheres muito jovens que optam pela laqueadura antes dos 25 anos de idade, Outros fatores importantes para se arrepender da laqueadura são a melhora das condições socioeconômicas, que permitiriam ter uma nova gestação, ou ainda a perda de um filho.

Restauração da fertilidade

Cavalcante comenta que graças ao desenvolvimento de novas técnicas de microcirurgia, hoje a reversão da laqueadura pode ser realizada por videolaparoscopia/cirurgia robótica ou ainda por via tradicional (laparotomia) com a utilização da microscopia eletrônica. “A reversão da laqueadura é uma opção para as mulheres que querem engravidar naturalmente, sem recorrer à fertilização in vitro, por exemplo,” explica o médico.

Taxa de sucesso são melhores em mulheres mais jovens

Algumas mulheres acreditam poder reverter a laqueadura facilmente, mas na realidade não é bem assim, pois o sucesso da reversão depende das condições que se encontra essa tuba pós laqueadura. A idade da mulher é outro fator importante: mulheres abaixo dos 35 anos de idade apresentam maior taxa de sucesso.

Globalmente, a taxa de gravidez pode variar de 57% a 84%, em média, e a gravidez pode ocorrer em até 18 meses após a cirurgia. Outro ponto importante a ser discutido com o médico é a chance de uma gravidez ectópica, que é ligeiramente maior depois da reversão da laqueadura, de 2 a 7%.  

Como é feita a cirurgia

A reanastomose tubária é considerada uma microcirurgia, já que as tubas uterinas medem, em média, de 3 a 5 mm. “A técnica utilizada pode ser por videolaparoscopia ou cirurgia robótica, cirurgias consideradas minimamente invasivas ou ainda por via tradicional – laparotomia – com a utilização da microscopia eletrônica”, explica Cavalcante. 


Após o período de recuperação, a mulher é submetida a um exame chamado de histerossalpingografia para avaliar a permeabilidade das tubas uterinas. Em cerca de 60 dias, o casal já pode começar as tentativas para engravidar.

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