quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Novembro Azul vai além da prevenção do câncer

Da redação

Aquela preocupação típica e precoce das mulheres no cuidado com a saúde, nem sempre é a mesma dos homens, talvez, por uma questão, mas muitos médicos e profissionais da Saúde tentam mudar esta realidade, por meio de campanhas como, por exemplo, a "Novembro Azul".  De acordo com a médica oncologista Grazielle Cristina Felippe, a ideia é ir além do trabalho de orientação sobre o câncer de próstata. 

Em caso de histórico de câncer de próstata na família, ou mutações genéticas, ida ao urologista deve ser por volta dos 35 anos, afirma a oncologista Grazielle | Foto: divulgação
"Na verdade, o Novembro Azul segue mais ou menos o princípio do Outubro Rosa. Ele é um momento em que a gente chama a atenção das pessoas para cuidarem de si mesma. Eu não estou dizendo pra você que é preciso um cuidado apenas com câncer de próstata, eu estou pedindo para que você olhe para você e cuide de você", destaca.  

Ainda segundo a oncologista da Clínica Neoplasias, em Itajaí, esta é uma oportunidade para tentar fazer com que os homens reflitam sobre a importância de cuidar da saúde, já que existe um envolvimento coletivo e uma abordagem de campanhas na mídia, médicos, enfermeiros e especialistas.

Nestas abordagens, os médicos conseguem realizar também um trabalho de desmistificação dos mitos que cercam o exame de próstata e as possibilidades de tratamento em um diagnóstico precoce.  "Em alguns casos você pode inclusive não tratar. Você pode observar e indicar o tratamento quando for efetivamente necessário. Em um dos protocolos que temos aqui na Clínica existem pacientes nesta situação. Nós estamos observando, cuidando deles para evitar os efeitos colaterais. Mas isso só é possível, por causa do diagnóstico feito em uma fase precoce", afirma a médica.

Já sobre os temidos mitos, os médicos aproveitam o mês de novembro para negar que a vasectomia aumenta o risco de câncer de próstata, reforçar que o exame de toque é indolor ou que o tratamento deixa o paciente impotente. Mitos que devem ser deixados de lado quando o assunto é a qualidade de vida e a saúde dos homens. Por causa dos receios, existe um alto índice de diagnóstico tardio, principalmente na população mais carente, onde os efeitos colaterais são maiores.

A orientação da oncologista para reverter os índices gira em torno do conhecimento que o homem deve ter do seu corpo e organismo. Se o jato de urina está mais fraco, se existe alteração no aparelho urinário, sensação de peso na pelve é preciso procurar um urologista. Além destes sintomas, histórico familiar deve ser levado em conta. "A partir dos 50 anos o homem deve procurar um urologista e se existe um histórico de câncer de próstata na família, ou casos de mutações genéticas, esse homem deve antecipar a consulta, já por volta dos 35 anos", finaliza a médica.

Segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca), neste ano devem ser registrados 61,2 mil novos casos de câncer de próstata no Brasil. Dados do Ministério da Saúde indicam que 14.484 homens morreram em decorrência da doença no país em 2015. No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele não melanoma.



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