sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Lesões na medula espinhal aumentam no verão

Da redação

Sol, calor e muita diversão, com banhos de mar, piscina, rio e cachoeira podem se transformar em um problema de saúde grave, como as lesões da medula espinhal, causadas por mergulhos em águas rasas ou desconhecidas.   

Se for mergulhar, certifique-se que a profundidade tem pelo menos o dobro da sua altura | Foto: reprodução
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Coluna (SBC), mergulhos mal calculados são a 4ª maior causa de lesão medular no Brasil e no verão passa a ser a segunda causa, entre pessoas de 10 a 30 anos, ou seja, nos mais jovens. Homens, na idade média de 21 anos, são as principais vítimas. A maioria das lesões ocorre quando a pessoa mergulha de cabeça em águas desconhecidas, escuras, turvas e rasas. 

De acordo o neurocirurgião Iuri Weinmann, do Centro Neurológico Weinmann, esses acidentes podem ocasionar graves lesões na coluna, como fraturas, luxações e, em alguns casos, quadros de paraplegia ou tetraplegia. “Trata-se de uma emergência médica. Quanto antes o paciente chegar ao hospital, melhor será o prognóstico”.
  

Gravidade depende do local atingido
“Todos os nossos movimentos e sensações têm origem nos impulsos nervosos que saem do cérebro e são transmitidos pela medula espinhal. Traumas nessa região podem cortar, comprimir ou danificar essa estrutura. Quanto mais próxima do pescoço a lesão, maior a gravidade, pois os sinais nervosos do cérebro deixam de ser enviados para os nervos das vértebras abaixo daquela que foi lesionada. Por isso, por exemplo, quando a pessoa quebra o pescoço, pode ser fatal”, explica o neurocirurgião. 


Dr. Iuri explica que a paraplegia ocorre quando a lesão da medula acontece abaixo dos níveis espinais torácicos (T1 a L5). “As pessoas com paraplegia conseguem movimentar as mãos, mas o grau de mobilidade das pernas irá depender da gravidade da lesão. Uma parcela irá ficar totalmente paralisada da cintura para baixo e outra poderá apresentar dificuldade de mobilidade ou perda de sensibilidade na parte inferior do corpo”.

Vale lembrar que nem toda lesão na medula espinhal irá causar a tetraplegia ou a paraplegia, mas o risco existe.

Prevenção
Algumas dicas para curtir o verão com segurança:
Antes de mergulhar, certifique-se qual a profundidade da água. Estima-se que 89% das lesões de medula acontecem em águas rasas, com profundidade de menos de 1,53 metro; 
Se for mergulhar, certifique-se que a profundidade tem pelo menos o dobro da sua altura;
Se estiver alcoolizado, evite pular ou mergulhar em rios, cachoeiras e piscinas;
Jamais pule de pedras ou penhascos;
Não mergulhe em locais totalmente desconhecidos;
Evite pular de cabeça, ao mergulhar em pé a probabilidade de lesionar a medula é menor;
Águas turvas ou escuras podem esconder pedras ou bancos de areia, portanto, não mergulhe nestas condições.



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