terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Estresse pode agravar crises de pacientes com asma

Da redação

O começo de um novo emprego, morar em uma casa nova ou voltar ao ritmo de aulas são mudanças que podem alterar o cotidiano das pessoas e causar medo, angústia, irritação, preocupação e desconforto, ou seja, sinais de estresse. Estes estímulos podem provocar diversas alterações no organismo do indivíduo, como sudorese excessiva, problemas no sistema digestório, aceleração do batimento cardíaco e alterações no ritmo da respiração. No sistema respiratório, as alterações causadas pelo estresse são perigosas e podem provocar crises em pessoas que possuem asma e não realizam o tratamento adequado da doença, por exemplo.


Com acompanhamento médico, os sintomas podem ser controlados | Foto: Freepik
Assim como qualquer outra alteração emocional, o estresse modifica fatores hormonais no organismo e causa a liberação de substâncias que podem provocar a broncoconstrição – uma redução da passagem de ar nas vias respiratórias, devido à contração do músculo dos brônquios e, consequentemente, a pessoa tem mais dificuldade para respirar– fator que piora em pessoas com asma.

Por ser uma doença crônica e inflamatória de causa alérgica, a asma também é afetada pelas alterações na reação do organismo à inflamação em casos de estresse. O diretor da Comissão de Infecções Respiratórias da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia, Mauro Gomes, ressalta que "os principais sintomas da asma são a falta de ar e o chiado no peito. Eles podem ser intensificados durante as crises da doença, que ocorrem quando o paciente não realiza o tratamento de forma adequada. Durante períodos de desequilíbrio emocional, os pacientes que não fazem o acompanhamento da asma têm crises, que se tornam mais graves e frequentes”.

Além de acometer os adultos, o estresse também pode afetar crianças e adolescentes. Traumas, problemas de adaptação na escola e complicações familiares são situações que podem alterar o equilíbrio emocional dos jovens. O estresse nessa fase da vida se torna uma característica mais preocupante quando a criança tem asma – o desenvolvimento dos primeiros sintomas da doença ocorre na infância, até os três anos de idade, em cerca de metade dos casos diagnosticados. Então, o estresse impacta na qualidade de vida e pode provocar limitações, causando mais irritabilidade, ansiedade, depressão e dificuldade para estudar. Nos adultos asmáticos, o estresse também intensifica os impactos causados pela doença, quando ela não é tratada, podendo apresentar insônia, fadiga, diminuição do nível de atividades e ausência no trabalho.

Com acompanhamento médico, os sintomas podem ser controlados, proporcionando melhor qualidade de vida e até nenhum impacto na rotina do paciente. "Mesmo em situações de estresse, se o paciente estiver em tratamento, ele não deverá ter crises da doença", afirma o médico, que reforça ainda que apesar do estresse afetar os pacientes com asma, ele não pode causar a asma em pessoas que não têm a doença, pois sua origem é genética, ou seja, algumas pessoas têm predisposição para desenvolver a asma.

O pneumologista pontua algumas alternativas para auxiliar os asmáticos -  cerca de 334 milhões de pessoas no mundo e mais de 10% da população brasileira - durante o tratamento medicamentoso e evitar complicações causadas pelo estresse.

•Busque manter uma alimentação saudável;
•Faça exercícios físicos aeróbicos, como caminhada, com a orientação médica;
•Durma 8 horas diárias;
•Mantenha a casa sempre arrumada e limpa, evitando os fatores de risco para as crises da doença;
•Organize o seu tempo para poder realizar todas as tarefas do dia tranquilamente;
•Evite preocupações excessivas com problemas pequenos.



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