segunda-feira, 5 de março de 2018

Mulheres sofrem mais de doenças renais devido anatomia

Da redação

Se comparadas aos homens, as mulheres têm um risco bastante particular de desenvolver doenças renais, de acordo com a nefrologista do Centro de Rim e Diabetes do Hospital 9 de julho, Zita Britto. Por isso, o diagnóstico precoce de doenças é essencial para evitar complicações.


Mulheres adultas têm 50 vezes mais chances de adquirir infecção do trato urinário | Foto: ThinkStock 

“A mulher possui uma uretra menor que a dos homens e mais próxima ao ânus, o que facilita a proliferação de bactérias do intestino, por exemplo, levando a infecções mais frequentes” explica a médica que enfatiza que a cada ano, 21 mil novos casos de problemas renais são diagnosticados no Brasil.

Os rins são extremamente vascularizados, já que são responsáveis por filtrar o sangue que é enviado ao organismo para evitar a presença de substâncias nocivas ou mesmo manter o equilíbrio das que são importantes para o bom funcionamento do organismo. No caso das mulheres, a gravidez pode aumentar os riscos de uma doença renal aguda e ou crônica como a hipertensão gestacional, infecções urinárias e até o abortamento. Apesar de raro, alguns casos podem acontecer em mulheres que engravidam pela primeira vez e por inseminação artificial.

Outras doenças que podem atingir mais as mulheres são as doenças auto-imunes como o Lúpus Eritematoso Sistemico, artrite reumatóide e as escleroses sistêmicas, que levam à disfunção de órgãos alvo, incluindo os rins. As diferenças de sexo na incidência e gravidade dessas doenças resultam de uma complexa interação de fatores hormonais e genéticos.

Entre as doenças mais populares dos rins está a infecção do trato urinário (ITU). A ITU é mais comum no sexo feminino e pode acontecer na uretra (uretrite), bexiga (cistite) e nos rins (pielonefrite). Entre os sintomas estão dores pélvicas, incômodo e vontade excessiva de urinar e, em casos mais graves, pode acontecer o sangramento ao urinar. A doença é normalmente tratada com analgésicos e medicamentos antibióticos receitados pelo médico.

Segundo Zita, as mulheres adultas têm 50 vezes mais chances de adquirir ITU do que os homens e 30% das mulheres apresentam ITU sintomática ao longo da vida. Como a principal rota de contaminação do trato urinário é por via ascendente, atribui-se esse fato à uretra menor que a masculina e à maior proximidade entre a vagina e o ânus, característica da genitália feminina.

As infecções renais, caso não sejam tratadas podem se agravar e comprometer o funcionamento do órgão em definitivo. Assim, a médica  reforça que a ingestão de água regularmente, uma alimentação saudável, pobre em sal e embutidos e rica em verduras, legumes e frutas, não tomar medicamentos sem a orientação médica e o check up periódico das principais funções do corpo podem ajudar a evitar (ou identificar precocemente) grande parte das doenças renais. “O diagnóstico precoce das doenças podem evitar complicações” complementa a médica.



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