quarta-feira, 7 de junho de 2017

Pediatras lançam consultório amigo da amamentação

Da redação

Médicos, inspirados numa recente publicação da Academia Americana de Pediatria, adaptaram a proposta americana para criar nos consultórios um ambiente de apoio à amamentação e, assim, lançaram a iniciativa Consultório Amigo da Amamentação, para que não apenas os pediatras, mas também obstetras, nutricionistas, psicólogas, entre outros especialistas que acompanham, com regularidade ou eventualmente, lactantes possam, em consonância com o tema da 25ª Semana Mundial de Aleitamento Materno (2017): “Proteger a amamentação: construindo alianças sem conflitos de interesse!”.

Profissionais de saúde precisam estar preparados para orientar as lactantes | Foto: Reprodução
Para o pediatra Marcus Renato de Carvalho, docente do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina – UFRJ e responsável pelo portal aleitamento.com, todos os profissionais de saúde precisam estar preparados para orientar as lactantes em eventuais dúvidas.   

“Visto que mães e bebês são vistos com regularidade por profissionais de saúde em consultas periódicas, desde a gestação até os primeiros anos de vida, criam-se oportunidades ímpares de acolhimento e informação. Assim sendo, todos os profissionais de saúde precisam estar preparados para orientar, prevenir, diagnosticar e solucionar problemas relacionados ao aleitamento, acolhendo e ouvindo as mães em suas dificuldades e apoiando-as em suas decisões”, afirma Carvalho. 


Como fazer um Consultório Amigo da Amamentação?
  
1. Tenha uma política (norma) de promoção, proteção e apoio ao aleitamento que seja do conhecimento de todos que trabalham no consultório;

2. Conte com profissionais capacitados e atualizados periodicamente em manejo clínico da lactação e nas habilidades de aconselhamento;

3. Oriente sobre aleitamento, avaliação das mamas durante o pré-natal com recomendação de consulta da gestante e seus familiares com um pediatra no começo do último trimestre da gestação; 

4. Explique sobre as vantagens do parto normal com clampeamento tardio de cordão, contato pele-a-pele e amamentação na sala de parto e em livre-demanda e a importância do alojamento conjunto; 

5. Observe uma mamada durante as primeiras consultas e sempre que for necessário (Puericultura), ratificar as recomendações sobre aleitamento materno exclusivo até o 6º mês, e complementar até 2 anos ou mais, com introdução alimentar oportuna e desmame natural;

6. Informe às mães sobre a coleta e doação de leite materno, desde as primeiras consultas e como manter a amamentação na volta ao trabalho;

7. Indique, quando necessário, profissionais experientes (enfermagem, nutrição, fonoaudiologia, odontopediatria, psicologia...) na adesão e manutenção do aleitamento, bem como grupos de apoio éticos;

8. Estimule a amamentação na sala de espera e na sala de consulta, mas fornecer espaço privado, caso seja solicitado;

9. Não receber fórmulas infantis, mamadeiras e intermediários de silicone de representantes de indústrias e não promover a distribuição de fórmulas, brindes ou materiais informativos dessas empresas;

10. Conhecer e divulgar ações relacionadas ao estímulo do aleitamento materno, como a SMAM, direitos da lactante, leis que protejam a amamentação em público e oferecer fontes de consulta oficiais, reconhecidas e éticas para que os pais possam acessar.


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