Da redação
Como há um crescimento no número de partos cirúrgicos marcados no fim do ano, devido às férias e festas, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) inicia uma nova campanha do Projeto Parto Adequado para sensibilizar gestantes e profissionais de Saúde a evitarem o agendamento de cesarianas. O projeto, desenvolvido em parceria com o Hospital Israelita Albert Einstein e o Institute for Healthcare Improvement (IHI), busca incentivar o parto normal e conscientizar as futuras mamães e toda a rede de atenção obstétrica sobre a realização de cesáreas sem indicação clínica.
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Projeto Parto Adequado segue até 2019 | Foto: reprodução |
Entre os benefícios do parto normal destacam-se: menor risco de complicações para a mãe e o bebê decorrentes da cirurgia; indução ao aleitamento materno, devido à liberação de hormônios que facilitam o início da amamentação; contato imediato entre mãe e bebê, estimulando a interação materna; preparação do bebê para o ambiente externo, com maior amadurecimento do pulmão e contato com as bactérias benéficas da mãe, reduzindo a incidência de doenças infantis; recuperação mais rápida do útero e do corpo da mulher.
O diretor de Desenvolvimento Setorial da ANS, Rodrigo Aguiar, lembra que o projeto tornou possível a realização de mudanças de infraestrutura e de operação nos hospitais participantes da campanha, além de incentivar mudanças efetivas de comportamento. "Entre dezembro e fevereiro, constata-se o aumento do número de agendamentos desnecessários de cesáreas devido aos feriados de Natal, Ano Novo e Carnaval, por isso, é importante que a ANS reforce a campanha de conscientização ao estímulo ao Parto Adequado", afirma.
O Projeto Parto Adequado foi iniciado em 2015 e vem identificando modelos inovadores e viáveis de atenção ao parto e nascimento, reduzindo o número de cesarianas desnecessárias. O projeto está em sua Fase 2, que será concluída em maio de 2019. Nesta etapa, participam hospitais e operadoras de todo o país. Foram selecionadas 136 maternidades e 68 operadoras de planos de saúde que manifestaram interesse em atuar como apoiadoras do projeto. Números que mostram o crescimento da iniciativa, já que a Fase 1, também denominada "piloto", contou com a adesão de 35 hospitais. Ao longo de 18 meses, foram alcançados resultados transformacionais, pois os hospitais piloto protagonizaram a criação de um novo modelo de assistência materno-infantil para o Brasil e evitaram a realização de 10 mil cesarianas desnecessárias.