Você já sentiu dor, choque, dormência ou formigamento nas mãos após um dia cansativo? Então, é importante buscar acompanhamento médico, para checar se sua saúde está em dia. Essa sensação de parestesia - principalmente nas palmas das mãos, dedos polegar, indicador e médio - é um dos sintomas da Síndrome do Túnel do Carpo.
Doença é mais frequente em mulheres de 35 a 60 anos | Foto: Reprodução |
Segundo a fisioterapeuta Walkiria Brunetti, a doença é mais comum em pacientes com LER (lesão por esforço repetitivo), como pessoas que digitam demais. “Mas ela também está associada a alterações hormonais, como menopausa e gravidez, e é mais frequente nas mulheres de 35 a 60 anos”, explica Walkiria.
No entanto, existem outras causas que podem aumentar a pressão dentro do canal, como tumores e eventos inflamatórios, além de fraturas e traumatismos.
Sintomas
Walkiria explica que os sintomas mais frequentes da síndrome são dores, sensação de choque, dormência, formigamento e perda de destreza nas mãos.
“O formigamento e a dor podem piorar em algumas situações do dia a dia e está relacionada à posição de flexão dos punhos, pois isso leva à compressão do nervo. Uma pessoa que digita o dia todo com os punhos nessa posição, certamente terá o quadro doloroso. Já à noite também piora devido ao posicionamento na hora de dormir. A dor pode irradiar para o braço e para o ombro”, comenta.
A evolução da síndrome dificulta tarefas do dia a dia, como amarrar os sapatos e abotoar uma camisa. O diagnóstico é feito por um ortopedista, por meio de dois testes e quanto mais cedo o diagnóstico for feito e iniciado o tratamento, melhores são os resultados, explica Walkiria.
Fisioterapia ajuda no tratamento e prevenção
A fisioterapia atua tanto na fase aguda da doença, como também na prevenção. Atualmente, há vários recursos que podem ser usados, como a estimulação elétrica cutânea, estimulação elétrica neuromuscular, ultrassom, infravermelho e laser, que servem para melhorar o quadro doloroso, reduzir o processo inflamatório e melhorar a circulação.
Também podem ser usados calor por imersão, crioterapia e banhos de contraste, além da terapia manual. Para complementar, são aplicados exercícios para aumentar a amplitude de movimento, fortalecer os músculos e recuperar os movimentos.
“Um dos pontos mais importantes da fisioterapia é ensinar o paciente a manter uma posição neutra nos punhos durante o dia e durante o sono. Muitas vezes, é recomendado o uso de talas para ajudar a encontrar essa neutralidade”, diz Walkiria.
O paciente também é aconselhado a diminuir os movimentos repetitivos com as mãos e realizar alongamentos e exercícios todos os dias. O médico também pode prescrever medicamentos para redução da dor. Em alguns casos, porém, somente uma cirurgia pode aliviar a compressão do nervo.
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