Os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que as doenças cardiovasculares já são responsáveis por 30% das mortes de mulheres no mundo. São três mortes por segundo em consequência, principalmente, de infarto e Acidente Vascular Cerebral (AVC). O Brasil tem a maior taxa de mortalidade por cardiopatias em mulheres da América Latina e os números não param de crescer. O cardiologista Paulo Frange aponta o estresse que a mulher moderna se submete como um dos fatores agravantes para as doenças cardíacas.
Vida agitada e a ansiedade estão entre as principais causas das doenças cardíacas entre mulheres | Foto: Getty Images |
Um levantamento recente feito pela Sociedade Brasileira de Clínica Médica (SBCM) com mulheres de várias regiões do País apontou que 55% das entrevistadas trabalhavam pelo menos oito horas por dia, costumavam enfrentar o trânsito nos deslocamentos para o trabalho e ainda faziam dupla jornada para cuidar das rotinas da casa, assim, 70% delas disseram que sofrem com o estresse diário.
A situação é mais preocupante entre as grávidas, pois é um momento no qual as emoções ficam ainda mais fortes e a mãe precisa se proteger e proteger o filho. "Essa condição externa faz com que a mulher possa apresentar sintomas como falta de apetite, insônia e enfraquecimento no sistema imunológico. O estresse libera hormônios que contraem o útero e diminuem a vasodilatação, ou seja, a mãe não consegue levar mais nutrientes para o bebê, isso de forma inconsciente. A digestão da mãe é pior e a absorção de nutrientes é ruim aumentando os riscos de hipertensão e infecções", explica o médico.
Frange acrescenta que a gestante pode sofrer mais com problemas respiratórios. Além disso, há um aumento das chances de parto prematuro, maior resistência à insulina, maior risco de obesidade e aumento do risco de doenças cardíacas, alterações cerebrais e o filho pode ter baixo peso ao nascer. Então, na gestão é essencial que a grávida consiga descansar, cuidar da alimentação e relaxar.
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