quinta-feira, 17 de maio de 2018

Uso desenfreado da tecnologia causa doenças

Da redação

O ambiente de trabalho da maioria das pessoas tem algo em comum com o familiar e de lazer: todos são conectados. Atualmente, a tecnologia é o principal recurso para as atividades do cotidiano, pois aproxima as pessoas e otimiza o tempo. Mas, o uso desenfreado da internet causa dependência das ferramentas tecnológicas  e traz prejuízos para a saúde, inclusive, doenças.

Cerca de 70% dos usuários assíduos já sentiram o aparelho de celular vibrar ou tocar, sem  ter recebido notificações ou ligações | Foto: reprodução   
Ansiedade, estresse, irritabilidade e alteração do apetite são alguns dos sintomas do uso inadequado das ferramentas digitais.  Ao serem ignorados, os sinais podem desencadear uma série de doenças críticas.

Para alertar os heavy users (usuários pesados – tradução livre do inglês para o português), o Instituto Brasileiro de Coaching (IBC) listou as seis principais patologias que estão com presença de peso no mundo contemporâneo por conta do abuso tecnológico. Confira a relação abaixo:

Síndrome do Toque Fantasma
Um dos primeiros a trabalhar a temática foi o professor aposentado e ex-presidente do Departamento de Psicologia da Universidade do Estado da Califórnia, nos Estados Unidos, Larry Rosen. No livro iDisorder o especialista mostra que 70% dos usuários assíduos já sentiram o aparelho de celular vibrar ou tocar sem  ter recebido notificações ou ligações.

Nomofobia
O termo foi utilizado pela primeira vez em 2008 em um artigo do UK Post Office para abreviar a expressão inglesa “no-mobile”. Em português a expressão significa a ansiedade causa pelo distanciamento do celular ou devido à falta de bateria do aparelho. As consequências da patologia são problemas de interação social e dificuldades de se comunicar em público.

Depressão
A depressão por conta das redes sociais acontece quando o usuário deposita a sua realização pessoal no número de curtidas e quantidade de comentários recebidos nas publicações. Recentemente, uma pesquisa publicada na revista Cyberpsychology, Behavior, and Social Networking comprova essa relação.

Problemas na Coluna
O ato de inclinar a cabeça para mexer no celular pode colocar uma carga muito além da suportada pelo pescoço do usuário. Um estudo publicado pela Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos revelou que a coluna cervical aguenta no máximo seis quilos. Porém, dependendo do posicionamento do pescoço para interagir com os dispositivos eletrônicos, é aplicada uma carga de até 27 quilos.

Perda Auditiva
A interferência dos fones de ouvido em casos de perda auditiva é acontece cada vez mais devido a alta frequência utilizada pelos usuários. Inclusive, a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um comunicado no qual metade dos jovens ao redor do mundo escutam músicas em volumes prejudiciais aos tímpanos.

Insônia
O pensamento coletivo de que o uso de forma despretensiosa de aparelhos eletrônicos faz a vontade de dormir aparecer mais rápido é mito, pois a luz emitida pelos dispositivos faz com que o organismo produza menos melatonina – hormônio responsável pela regulação do sono. 

Neste contexto, José Roberto Marques, presidente do Instituto Brasileiro de Coaching, dá dicas para evitar cair no uso exagerado da tecnologia. “Vale lembrar que o equilíbrio na rotina é a chave para preservar a qualidade de vida. Para não alimentar o vício, é importante descobrir os seus reais talentos e desenvolver a inteligência emocional fora da internet. Uma sugestão que pode ser seguida é diminuir o uso das tecnologias em casa. Deixe você e os dispositivos descansarem. Portanto, não leve trabalho para depois do expediente, priorize as interações offline, não faça refeições com aparelhos próximos, desligue ou deixe o celular no modo avião no momento de dormir. Por último, caso não consiga amenizar a frequência, procure a ajuda de um profissional”, pontua.



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