segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Câncer de próstata tem 90% de cura se diagnosticado precocemente

Da redação

Com a maior longevidade da população, o crescimento benigno da próstata e o câncer de próstata têm se tornado cada vez mais frequente, por isso, frequentar o urologista anualmente é aconselhável aos homens, a partir dos 50 anos, mas nos casos de homens de raça negra, obesos e com histórico familiar de câncer de próstata a rotina deve começar aos 45 anos, conforme orienta o urologista do Hospital Estadual Mário Covas e da Faculdade de Medicina do ABC, Mário Henrique Elias de Mattos. 

“O único fator de risco reconhecido para a doença é a genética”, afirma o urologista Mattos | Foto: divulgação
Felizmente, trata-se de um câncer que, quando identificado de maneira precoce, apresenta taxas de cura extremamente elevadas. De cada 10 homens com diagnóstico da doença em fase inicial, nove chegarão à cura – ou seja, índice de 90%. 

De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), no Brasil, o câncer de próstata é o segundo tipo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma). Neste mês de “Novembro Azul”, todo o país está mobilizado para prevenir e combater a doença, responsável por 61,2 mil novos casos todos os anos, assim como pela morte de 13,7 mil homens anualmente.

A próstata é glândula responsável pela produção de boa parte do sêmen. Está localizada abaixo da bexiga e ao redor da uretra – canal que liga a bexiga ao orifício externo do pênis.  O principal tumor maligno do órgão é o adenocarcinoma de próstata. Seu pico de incidência é por volta dos 65 anos, mas já começa a se manifestar ao redor de 45 anos. 
 “O único fator de risco reconhecido para a doença é a genética, pois existe certo padrão de hereditariedade. Nos homens com um familiar de primeiro grau (pai ou irmão, por exemplo) que tem ou teve a doença, as chances de também apresentar o problema são três vezes maiores na comparação com a população geral. Já nos homens com pelo menos dois familiares em primeiro grau acometidos pelo câncer de próstata, há seis vezes mais chances”, explica o urologista.

Diagnóstico precoce
A melhor forma de detectar precocemente o câncer de próstata é associando a dosagem do PSA (que é uma proteína produzida pela próstata, que pode ser dosada no sangue) com o exame de próstata, também conhecido como toque retal.

“O exame de toque permite perceber alterações na textura da glândula. É rápido, muito bem tolerado e indolor. É possível que haja algum grau de constrangimento por uma parte dos homens, mas o médico urologista, ao longo da consulta, esclarece todas as dúvidas, orienta sobre a importância da avaliação e, dessa forma, tranquiliza o paciente para a realização do exame, que dura poucos segundos”, afirma Mattos.

É importante realizar os dois exames, pois cerca de 15% dos tumores malignos da próstata não produzem quantidade elevada de PSA, sendo suspeitos exclusivamente pelas alterações observadas no toque retal. Caso haja suspeita, a confirmação é feita a partir da coleta de biópsias da próstata, através de ultrassonografia endoanal sob anestesia.

Tratamentos
Os tratamentos do câncer de próstata são divididos em dois grupos: tratamentos de intenção curativa (indicados em doenças em estágio inicial, quando se pretende curar) e tratamentos de intenção paliativa (indicados em doenças localmente avançadas ou já disseminadas, quando se pretende controlar a progressão da doença).

A cirurgia para retirada da próstata ou a radioterapia são habitualmente indicadas com intenção curativa. Já quimioterapia e bloqueios hormonais com medicações são reservados para doenças em estágios mais avançados, em que cura já não é mais possível.

“É importante reforçar que o diagnóstico precoce da doença aumenta muito as chances de cura. Dessa forma, os homens devem ter em mente que precisam frequentar o urologista anualmente”, finaliza Mattos.





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