terça-feira, 7 de novembro de 2017

Especialista fala mitos e verdades da dieta cetogênica

Da redação

A dieta cetogênica ganha cada vez mais adeptos. Segundo o especialista em Nutrição Otimizada para Saúde e Bem-Estar pela Universidade Estadual de San Diego, Califórnia, Rodrigo Polesso, trata-se de uma forma de se alimentar repleta de benefícios e vantagens. No entanto, ele alerta para que seja abandonado o conceito de "dieta temporária", e lista três mitos e verdades sobre a dieta. 

Comer apenas proteína é um dos mitos da dieta cetogênica | Foto: reprodução
"Muitas pessoas pensam em passar alguns dias ou semanas com uma alimentação específica, e depois 'voltar ao normal', mas o ideal é utilizar o conceito de alimentação e estilo de vida", explica Polesso. 

Mito 1: Dieta cetogênica exige consumo zero de carboidrato
Segundo o especialista, a ideia do consumo de carboidratos no nível zero é praticamente impossível. "Seguir uma dieta cetogênica significa reduzir bastante o índice de carboidratos, mas as verduras e legumes terão alguma quantidade deles", explica. Caso o modelo de alimentação seja seguido à risca, serão consumidos cerca de 20 gramas de carboidratos por dia. "Isso já vai ser o suficiente para que o corpo entre em estado de cetose". Ele explica que o que chamamos de cetose é o momento em que o corpo começa a consumir os ácidos graxos, ou seja, a gordura do corpo como fonte de energia, devido à ausência de carboidratos.

Mito 2: Basta comer apenas proteínas
Na verdade, segundo Polesso, as pessoas não devem ter um consumo exagerado de proteínas. “O excesso de proteína pode ser convertido em glicose pelo corpo", explica. Apesar de exigir uma presença grande de carnes, ovos, peixes, laticínios integrais e frutos do mar, a dieta cetogênica também conta com a presença de alimentos como legumes de baixo índice glicêmico, folhas, nozes e castanhas, manteiga, gorduras de boa qualidade (como óleo de coco e azeite de oliva), frutas de baixo índice glicêmico em moderação (como mirtilos, amora e morango), e bebidas como café e chá. "O que aumenta bastante é o consumo de gorduras saudáveis de origem animais e vegetal, um macro nutriente que, ao contrário das crenças de tanta gente, não engorda", completa.

Mito 3: É uma dieta complexa de seguir
O especialista destaca que, na verdade, não há complexidades para seguir este tipo de alimentação. "De forma geral, basta restringir o consumo de carboidratos, alimentos industrializados e refinados, e consumir alimentos verdadeiros", orienta Polesso, que também destaca que, mesmo assim, é importante ter o aval de um profissional. 

Verdade 1: Qualquer um pode fazer
Não há qualquer tipo de restrição quanto à dieta Cetogênica. "As pessoas que mais se beneficiariam deste estilo alimentar são aquelas que visam perda acelerada de peso, diabéticos e pessoas que sofrem de problemas relacionados a síndrome metabólica", resume Polesso, destacando sempre a importância do acompanhamento médico, especialmente no caso dessas doenças.

Verdade 2: É preciso esperar o corpo "se acostumar"
É importante levar em consideração que o corpo precisa de um período de adaptação, quando mudanças bruscas são feitas na dieta. "Muita gente que muda a dieta de repente precisa saber que nas duas semanas seguintes o corpo pode sofrer alguns efeitos,  depois de tantos anos acostumado a consumir tanto açúcar", diz Polesso. 

Ele compara a situação com a abstinência que fumantes sentem quando param de fumar, por exemplo, que exige um tempo para que o corpo comece a se sentir melhor. 

Verdade 3: Não existe risco de ter cetoacidose
Polesso conta que o excesso de corpos cetônicos é eliminado na urina, ao contrário do que muitos pregam, e o excesso que causaria a chamada cetoacidose não é causada pela alimentação. "Alguns desses corpos cetônicos que não foram utilizados são liberados na urina", completa, reforçando que não é preciso ter medo da produção destes elementos. "O conceito da dieta cetogênica é antigo e comprovado pela ciência", finaliza o especialista.



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