segunda-feira, 26 de março de 2018

Teremos paz em 2018?

*Por Nelma da Silva Sá

As contradições fazem parte da condição humana. É unânime o desejo de paz quando questionamos as pessoas, mas, parece que somos regidos por forças antagônicas. Desejamos a paz, mas, estamos sempre seguindo na direção do conflito.

Temos vivenciado cada vez mais, um sentimento de intenso individualismo. Nunca na história da humanidade vivenciamos uma interconexão global tão intensa e nunca na história da humanidade nos sentimos tão isolados de nós mesmos e do outro, com corações cada vez mais cheios de certezas e cada vez mais endurecidos.

Mas, onde começa a Paz?
Paz é conexão. Paz é pertencimento. Paz é singularidade. Paz é autonomia. Paz é movimento. Paz é responsabilidade. Paz é solidariedade. Paz é diversão. Paz é comunhão. Paz é nutrição. Paz é acolhimento. Paz é integração. Paz é reconhecimento. Paz é vínculo!

É inerente ao ser humano criar vínculos. Os vínculos enriquecem a experiência humana e sedimentam a percepção de pertencimento. Pertencer é uma condição natural do ser humano e é ela que nos impulsiona a um estado de paz. Para que isso aconteça é preciso que fiquemos atentos com as invenções que nos distanciam da nossa natureza essencial.

Para termos paz em 2018 é necessário assumirmos a responsabilidade pela construção da paz no nível individual, no nível social e no nível ambiental. Há dois caminhos para se aprender a viver bem consigo, com o outro, com a comunidade e com a natureza: o do saber e do ser.

O caminho do saber é por nós no Ocidente bem conhecido, produto exclusivo da razão analítica, da lógica, da previsibilidade e comprovadamente necessário para o desenvolvimento da humanidade. Para ser, precisamos nos esvaziar do passado e do futuro, é preciso viver o presente, é preciso viver a realidade como ela se apresenta integrando inteligências e práticas que potencializem as escolhas do coração e da intuição.

É pelo caminho do ser que interagimos com o mundo, quanto mais estivermos de bem conosco, mais potencializadas ficam a nossa percepção e interpretação dos fatos, mais conectados com a nossa individualidade e com a individualidade do outro e, consequentemente, mais distantes de emoções e reações destrutivas permanecemos.

Se cada um de nós fizermos a nossa parte, juntos construiremos uma sociedade mais pacífica, mais igualitária e mais solidária!

* Nelma da Silva Sá é Vice-Presidente da UNIPAZ São Paulo, uma universidade aberta de ensino com 14 unidades no Brasil e 5 no exterior e que adota como metodologia em todas as suas atividades, a abordagem transdisciplinar holística que propõe uma visão não fragmentada da realidade e o diálogo das diversas ciências, filosofias, artes e tradições sapienciais.



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