Da redação
Desde o período intrauterino até ser atingida a altura final, existe um padrão de normalidade de ganho de comprimento ou estatura. Esse padrão é evidenciado pela velocidade de crescimento (ganho em centímetro por ano). As causas de crescimento deficiente são inúmeras, podendo ser de início pré-natal ou pós-natal, explica o endocrinologista e diretor da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo (SBEM-SP), Sonir Antonini.
Muitas vezes resolvendo a causa, o crescimento normal retorna | Foto: Getty Images |
"Alteração do crescimento é quando esse ritmo é alterado, para menos ou para mais. Uma criança ou adolescente com redução de crescimento poderá ter baixa estatura (abaixo do mínimo considerado normal para a idade). Eventualmente, o diagnóstico pode ser feito antes de se instalar a baixa estatura. Por outro lado, uma criança ou adolescente que cresça muito mais que o esperado para a idade poderá ter alta estatura", explica Antonini.
Assim, um bebê pode nascer muito pequeno e não normalizar o crescimento nos primeiros anos. Desnutrição grave ou doenças sistêmicas importantes (renal, cardíaca, digestória) podem se manifestar com deficiência de crescimento. Síndromes ou doenças genéticas frequentemente causam problemas no crescimento. Deficiências dos hormônios da tireoide e/ou do hormônio do crescimento também causam crescimento deficiente. Essas alterações hormonais podem ser congênitas ou adquiridas ao longo da infância.
"Diretamente podem não existir sintomas de crescimento deficiente. Ele geralmente é notado pelo pediatra durante as consultas de rotina da criança (puericultura) e/ou pelos pais, parentes ou professores que percebem que a criança está ficando progressivamente menor que amigos ou colegas da mesma idade. Outra situação comum é os pais perceberem que as roupas da criança não estão 'ficando pequenas', como é habitual. Eventualmente, a doença que causa o crescimento deficiente pode apresentar outros sintomas ou sinais clínicos", alerta o endocrinologista.
O tratamento depende da causa. Muitas vezes resolvendo a causa, o crescimento normal retorna. Por exemplo, se a criança tem hipotireoidismo, o tratamento com hormônio tireoidiano normaliza o crescimento. Em algumas situações mais raras, no caso de deficiência de hormônio do crescimento ou de condições específicas, o tratamento com injeções de hormônio do crescimento está indicado e é eficaz.
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