terça-feira, 26 de setembro de 2017

Excesso de tecnologia pode desencadear traumas psicológicos

Da redação

Um dos maiores problemas "encobertos" de saúde mental da atualidade é o excesso de tempo gasto por crianças e adolescentes em frente aos celulares e tablets, em contato, muitas vezes, com supostos amigos e diversões de redes sociais. Ocorre que o hábito pode tornar-se uma adicção e, assim, comprometer a vida escolar, familiar e social desse público mais jovem.

A alta exposição às tecnologias virtuais tem potencial de levar a alterações neuroquímicas e à perda de massa cerebral, diz o psicólogo clínico e neurocientista, Julio Peres | Foto: reprodução
Mas, muitas vezes, os pais e responsáveis pelos menores tendem a ignorar o comportamento dos filhos, devido aos compromissos profissionais e agenda “cheia”. E não é raro que rotinas assim desencadeiem sintomas como isolamento, insônia, agressividade, apatia, depressão, entre outros.

O mergulho na cultura tecnológica e o excesso de informações, de forma contínua, podem ter um preço. A alta exposição às tecnologias virtuais tem potencial de levar a alterações neuroquímicas e à perda de massa cerebral, assim como à dificuldade de concentração em ações simples como ler um livro ou conversar com alguém.

Conhecido como “cérebro de pipoca”, o distúrbio é nada menos que o analfabetismo emocional – a dificuldade de uma pessoa em “ler” expressões faciais, emoções, e mesmo diferenciar manifestações na voz, olhar ou postura de alguém. Essa situação aumenta a vulnerabilidade de crianças e adolescentes ao trauma psicológico.

Profissionais de saúde, educadores e pesquisadores têm se dedicado a estudar o fenômeno. Um deles é o psicólogo clínico e neurocientista, Julio Peres, que defende o uso da psicoterapia para orientar jovens e núcleos familiares, promover o reequilíbrio da qualidade de vida e atividades que favorecem expressões neurofisiológicas saudáveis.

"Jovens vítimas do analfabetismo emocional são significativamente mais vulneráveis ao trauma. A interação com a máquina não substitui as relações interpessoais e afetivas que os seres humanos necessitam para o desenvolvimento sadio da personalidade", explica Peres.

                      

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