quarta-feira, 25 de julho de 2018

Julho amarelo: mês de combate às hepatites virais

Da redação 

O Dia Mundial de combate às Hepatites Virais é lembrado em 28 de julho. As infecções por meio das hepatites B e C chegam a ser responsáveis por 1,34 milhões de mortes ao ano em todo mundo, conforme publicação da Organização Mundial da Saúde (OMS). Ainda de acordo com a OMS, as infecções crônicas pelas mesmas hepatites citadas acima são responsáveis por 2/3 de todos os casos de câncer de fígado.

O diagnóstico da doença é feito por meio de exames de sangue, disponíveis no Sistema Único de  Saúde (SUS) | Imagem: divulgação 
Segundo o Boletim Epidemiológico, o surto de hepatite A, que ocorreu no estado de São Paulo, em 2017, totalizou 911 casos notificados, acometendo principalmente adultos, na faixa etária entre 20 e 34 anos (63%), e o sexo masculino (85%). O principal município atingido foi o de São Paulo, totalizando 694 casos notificados com aquisição provável por contato sexual desprotegido (44%), sendo a maior parte HSH (homens que fazem sexo com homens). A aquisição por água ou alimento contaminado ocorreu em 11% dos casos.

De acordo com o Boletim Epidemiológico das Hepatites Virais de 2017, publicado pelo Ministério da Saúde, os óbitos por hepatite C representam atualmente a maior causa de morte entre as hepatites virais. O número de óbitos entre 2000 e 2015 foi de 46.316. Evidenciam, também, que o número de óbitos devidos a essa etiologia vem aumentando ao longo dos anos, em todas as regiões.

Erradicação até 2030
O governo federal anunciou no início deste mês um plano para eliminação da hepatite C no Brasil até 2030. Este tipo é o mais letal entre as diferentes modalidades da doença, resultando em 75% das mortes por complicações relacionadas ao vírus. Entre as medidas, estão a ampliação da oferta de diagnósticos, a disponibilização de mais tratamentos no Sistema Único de Saúde e a sensibilização da sociedade sobre a importância de fazer o teste rápido.

Durante a cerimônia de lançamento do plano, a diretora do Departamento e Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, HIV/AIDS e das Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Adele Benzaken, afirmou: “Um primeiro passo é fazer uma busca ativa para chegar às pessoas que tiveram casos notificados, mas não foram tratadas”.

Diagnóstico
O diagnóstico da doença é feito por meio de exames de sangue. O teste é específico para cada vírus e detecta anticorpos característicos produzidos pelo organismo contra o vírus da hepatite. O diagnóstico também pode ser realizado pela técnica de biologia molecular que analisa o material genético. Conhecida por PCR, é bastante importante nas hepatites B e C, que podem causar doença crônica. No caso da hepatite C, por exemplo, o diagnóstico de hepatite crônica é confirmado ao se realizar o teste de PCR para o vírus C no sangue periférico.

Tipos de hepatite
A hepatite é uma inflamação do fígado, que pode estar relacionada ao consumo excessivo de drogas, álcool, medicamento, ou ser causada pelos próprios vírus das hepatites, denominados de vírus A, B e C, causadores da hepatite A, hepatite B e hepatite C, respectivamente.

A doença tem diferentes formas de apresentação. A hepatite pode ser tanto aguda, quanto crônica, com mais ou menos sintomas presentes. Dependendo do vírus que causa a doença, a hepatite viral pode evoluir com cura espontânea ou se tornar crônica. Quando se torna crônica, pode causar outras doenças como cirrose e câncer de fígado. A hepatite A aparece de forma aguda. Já a B pode apresentar um quadro agudo e depois tornar-se crônica. E a hepatite C normalmente cursa com uma infecção aguda sem sintomas e a sua descoberta, na maioria das vezes, ocorre na fase de hepatite crônica.

Os sintomas mais associados à hepatite aguda são cansaço, perda do apetite, náuseas, dor e desconforto abdominal, urina escura e fezes claras e também icterícia (olhos e peles amarelados).

Prevenção
A principal medida de prevenção das hepatites A e B é a vacina. A vacina contra a hepatite B faz parte do calendário vacinal do Programa Nacional de Imunizações, administrada para todas as crianças ao 0, 1 e 6 meses de idade. A vacina contra a hepatite A é recomendada pela Sociedade Brasileira de Pediatria para todas as crianças aos 12 e 18 meses de idade.

Para a prevenção da hepatite C, que não tem vacina disponível, a recomendação é evitar o contato com sangue contaminado, como contato com seringas e agulhas usadas, não compartilhar escovas de dentes, lâminas, tesouras, ou instrumentos para tatuagem.



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