Os animais têm audição mais potente do que a dos humanos, por isso, nunca os deixem expostos ao barulho excessivo | Foto: Freepik |
Toda essa situação causa reações como ansiedade, estresse e tremor nos bichinhos. "Os animais tendem a sofrer com o medo, gerando picos de estresse durante exposição ao barulho. O ideal é que ele seja isolado, ou seja, alocado temporariamente em locais em que se sente seguro. Manter as janelas fechadas, desde que o ambiente permaneça fresco, deixar um som ambiente ligado como a televisão ou rádio, também ajudam a acalmar os animais. Escolha de preferência um local que ele já conheça, por exemplo, perto de sua cama ou até mesmo a própria casinha, gaiola ou, ainda, a caixa de transporte", explica a profissional.
Além disso, Mariana orienta não deixar objetos que possam machucá-lo por perto, e nem deixar os pets próximos aos muros, portões e janelas, pois estes são rotas de fuga para o animal.
Outro alerta importante da especialista é que, por possuírem uma audição mais potente do que a dos humanos, deixar os animais totalmente expostos a esse tipo de barulho, pode resultar traumas irreversíveis para a saúde dos animais.
"Os mais graves são os ataques cardíacos, principalmente entre os cães de idade mais avançada e, portanto, mais propensos a cardiopatias, insuficiência renal e problemas hepáticos, que podem até levar o animal a óbito em decorrência do estresse, que serve como gatilho, causado durante esse período. Além disso, tremedeira, automutilação, convulsões e até lacerações no tímpano podem ocorrer durante esse período", pontua a veterinária.
Além disso, ela orienta o tutor a não acariciar ou tentar proteger o pet ao notar o incômodo do animal diante da situação barulhenta. "O pet acaba achando que ele, de fato, está em situação de perigo e que deve se proteger ainda mais, aumentando sua ansiedade", comenta a veterinária.
Quando a queima de fogos começa, o mais indicado, segundo a especialista, é agir naturalmente, ficar próximo do pet e transmitir confiança a ele. "O tutor deve sempre manter o tom de comando na voz e, ao menor sinal de resposta positiva, recompensar o animal com um petisco que ele goste", explica a veterinária.
Já nos casos mais extremos, na qual nenhuma dica parece surtir efeito, o ideal é que o tutor procure um veterinário e, acima de tudo, evite medica-lo por conta própria. "Os calmantes naturais são as opções recomendadas para períodos longos de irritabilidade no pet, inclusive, os florais e outros medicamentos fitoterápicos, podem já ser ministrados preventivamente, mas dada a reação diferente em cada animal, é sempre importante receber uma avaliação do médico veterinário para determinar qual é a melhor alternativa de tratamento", explicita Mariana.
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