segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Fogos de artifício: veterinária orienta como proteger os animais

As típicas festas de fim de ano se aproximam e este é o período do ano que mais preocupam os donos dos pets, devido a incidência de fogos de artifício e seu impacto na saúde dos animais.  Com os shows pirotécnicos e excessivo barulho, não é raro haver o relato de acidentes no fim do ano. Com isso, a veterinária da DrogaVet, Mariana Mauger, afirma que é importante criar um ambiente seguro para os animais, neste período, no qual ele fique isolado ou em locais em que se sente seguro, normalmente.

Os animais têm audição mais potente do que a dos humanos, por isso, nunca os deixem expostos ao barulho excessivo | Foto: Freepik
"O barulho, os clarões e o cheiro de pólvora são consequências que deixam os animais apavorados. Muitos tentam se esconder, na tentativa de se protegerem e, em alguns casos, se ferem gravemente", alerta Mariana.

Toda essa situação causa reações como ansiedade, estresse e tremor nos bichinhos. "Os animais tendem a sofrer com o medo, gerando picos de estresse durante exposição ao barulho. O ideal é que ele seja isolado, ou seja, alocado temporariamente em locais em que se sente seguro. Manter as janelas fechadas, desde que o ambiente permaneça fresco, deixar um som ambiente ligado como a televisão ou rádio, também ajudam a acalmar os animais. Escolha de preferência um local que ele já conheça, por exemplo, perto de sua cama ou até mesmo a própria casinha, gaiola ou, ainda, a caixa de transporte", explica a profissional.

Além disso, Mariana orienta não deixar objetos que possam machucá-lo por perto, e nem deixar os pets próximos aos muros, portões e janelas, pois estes são rotas de fuga para o animal.

Outro alerta importante da especialista é que, por possuírem uma audição mais potente do que a dos humanos, deixar os animais totalmente expostos a esse tipo de barulho, pode resultar traumas irreversíveis para a saúde dos animais.

"Os mais graves são os ataques cardíacos, principalmente entre os cães de idade mais avançada e, portanto, mais propensos a cardiopatias, insuficiência renal e problemas hepáticos, que podem até levar o animal a óbito em decorrência do estresse, que serve como gatilho, causado durante esse período. Além disso, tremedeira, automutilação, convulsões e até lacerações no tímpano podem ocorrer durante esse período", pontua a veterinária.

Além disso, ela orienta o tutor  a não acariciar ou tentar proteger o pet ao notar o incômodo do animal diante da situação barulhenta. "O pet acaba achando que ele, de fato, está em situação de perigo e que deve se proteger ainda mais, aumentando sua ansiedade", comenta a veterinária.

Quando a queima de fogos começa, o mais indicado, segundo a especialista, é agir naturalmente, ficar próximo do pet e transmitir confiança a ele. "O tutor deve sempre manter o tom de comando na voz e, ao menor sinal de resposta positiva, recompensar o animal com um petisco que ele goste", explica a veterinária.

Já nos casos mais extremos, na qual nenhuma dica parece surtir efeito, o ideal é que o tutor procure um veterinário e, acima de tudo, evite medica-lo por conta própria. "Os calmantes naturais são as opções recomendadas para períodos longos de irritabilidade no pet, inclusive, os florais e outros medicamentos fitoterápicos, podem já ser ministrados preventivamente, mas dada a reação diferente em cada animal, é sempre importante receber uma avaliação do médico veterinário para determinar qual é a melhor alternativa de tratamento", explicita Mariana.


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