segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Uma em cada cinco mulheres pode sofrer infarto

Da Redação

Segundo Organização Mundial de Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares são responsáveis por 1/3 de todas as mortes de mulheres no mundo e estudos médicos apontam que, no Brasil, uma em cada cinco mulheres pode sofrer um infarto. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), há 50 anos, a cada dez mortes por infarto, nove eram homens e uma mulher. Nos últimos seis anos, houve uma diminuição da mortalidade nos homens, e um aumento das mulheres. Hoje a proporção é de seis homens e quatro mulheres.

Nas mulheres, os sintomas do infarto podem incluir:  enjoos, falta de ar, cansaço inexplicável, desconforto no peito e arritmia | Foto: Freepik
Este aumento da incidência de infarto nas mulheres é consequência do envelhecimento natural e do estilo de vida. Obesidade, diabetes, colesterol, tabagismo, sedentarismo e a pressão arterial elevada são alguns fatores. Além disso, muitas mulheres realizam a chamada jornada tripla, o que aumenta o estresse e ansiedade. De acordo como a ISMA (International Stress Management Association), no fim do ano o estresse aumenta 75% e, com ele, os riscos de infarto ou outras doenças cardiovasculares.

Sintomas são diferentes nas mulheresDor no peito e nos braços e suor frio são sintomas do infarto bem conhecidos. Nas mulheres os sintomas clássicos podem não acontecer, sendo comum enjoos, falta de ar, cansaço inexplicável, desconforto no peito e arritmia, de acordo com a  cardiologista e médica nuclear da DIMEN SP, Priscila Cestari Quagliato.

 “Ao infartar, as mulheres têm dores consideradas atípicas, ou seja, quadros diferentes do infarto clássico e, por isso, podem ser subdiagnosticadas. Isso torna os exames preventivos ainda mais importantes”, afirma Priscila.

Medicina nuclear na prevenção ao infarto
A cintilografia de perfusão miocárdica é um exame que avalia se o fluxo de sangue para o coração está preservado ou não (a chamada isquemia, falta de fornecimento sanguíneo) e ainda localiza qual a coronária deve ser tratada. Este diagnóstico pode indicar o risco de infarto e evitá-lo, por meio da mudança de hábitos, por exemplo.

O Tomografia por Emissão de Pósitrons e Tomografia Computadorizada (PET-CT) pode ajudar também . “Este exame permite determinar com precisão se uma área de músculo cardíaco foi perdida em um evento isquêmico ou se ainda há chance de recuperá-la com cirurgia ou angioplastia, a chamada pesquisa de viabilidade miocárdica”, explica a cardiologista. Esta técnica também pode ser utilizada na pesquisa de processos inflamatórios que eventualmente acometem o músculo cardíaco, como nas miocardites, no lúpus eritematoso sistêmico ou na sarcoidose, doenças potencialmente fatais quando se estendem ao coração.


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