terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Combate ao câncer: prevenção ainda é o melhor remédio

Da Redação

Embora a palavra câncer ainda seja um tabu para um grande número de pessoas, os especialistas são unânimes em afirmar que a identificação precoce da doença aumenta consideravelmente as chances de cura. Por isso, a União Internacional para o Controle do Câncer (UICC), com o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS), marcou 4 de fevereiro como o Dia Mundial de Combate ao Câncer, com o objetivo de conscientizar e educar a população sobre a prevenção, que pode evitar milhões de mortes anualmente. O mês também é conhecido pela cor laranja para alertar sobre a leucemia.

Fevereiro laranja alerta para a conscientização sobre a leucemia | Imagem: reprodução 
A tendência global ainda é de crescimento no número de casos de câncer, o que aumenta a importância de iniciativas como essas. De acordo com a OMS, uma a cada seis pessoas morrem no mundo em razão da doença e cerca de 18 milhões desenvolvem o câncer a cada ano, a maioria em países de baixa e média renda. A expectativa é que o número chegue a 21 milhões de pessoas, em 2030.

No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) aponta que 1/3 dos casos de câncer está relacionado ao estilo de vida: tabagismo, consumo de álcool, sedentarismo, obesidade e exposição excessiva ao sol. Entre os cânceres com maior incidência entre os homens estão os de próstata, de traqueia, de brônquio e de pulmão, seguido de cólon e reto. Já entre as mulheres, os mais frequentes são os de mama, de cólon e reto e de colo do útero.


O coordenador da área de Cirurgia Oncológica do Grupo Leforte e presidente da Sociedade Brasileira de Cancerologia (SBC), Ricardo Antune, ressalta a necessidade da prevenção. "É importante destacar o impacto da educação e a prevenção junto a todos os tipos de cânceres, pois já está comprovada a redução de pelo menos 30% da incidência e mortalidade quando as ações são efetivas no sentido de prevenir ", afirma.


Alimentação saudável e a prática de atividades físicas, como caminhar, já são um bom começo, pois contribuem para evitar um fator de risco importante para o câncer: a obesidade.  Aliado a estas práticas, é preciso dar atenção aos exames preventivos de acordo com a faixa etária ou identificação de alguma alteração na saúde ou no corpo, como um pequeno nódulo.

Fevereiro laranja

A cor laranja simboliza a conscientização de combate à leucemia, uma doença que começa na medula óssea, onde o sangue é produzido, e está entre os dez tipos que mais atingem a população brasileira.

Geralmente, de origem desconhecida, a leucemia possui mais de 12 tipos sendo que os quatro mais comuns são:

• Leucemia linfoide crônica (LMC): Raramente afeta crianças. A maioria das pessoas diagnosticadas com esse tipo da doença tem mais de 55 anos. Se desenvolve de forma lenta.
• Leucemia mieloide crônica (LMA):  Atinge principalmente adultos
• Leucemia linfoide aguda (LLA): Mais comum em crianças pequenas, mas também ocorre em adultos. Avança rapidamente
• Leucemia mieloide aguda (LMA): A incidência aumenta com o aumento da idade. Ocorre em crianças e adultos e avança rapidamente.

O médico-chefe do setor de Transplantes de Medula Ossea do Hospital Leforte, Rodrigo Santucci, comenta que entre os sintomas estão: cansaço, dores nos ossos e nas articulações, febres que podem vir acompanhadas de suores noturnos, perda de peso, aparecimento de manchas roxas ou avermelhadas na pele, palpitações e sensações incômodas na região abdominal, sangramento nas gengivas e no nariz, e inchaço no pescoço.

"Estes indicativos iniciais podem ser confundidos com outras doenças, principalmente quando falamos de crianças. Por isso, a importância desta data de alerta para reforçar a investigação de alterações na saúde e também nos resultados de exames de sangue de rotina", comenta Santucci.

O especialista reforça as chances de cura por meio de tratamentos avançados como os anticorpos monoclonais –proteínas usadas pelo sistema imunológico para identificar e neutralizar corpos estranhos, como células tumorais –, tratamentos quimioterápicos ou o mais conhecido que é o transplante de medula óssea. Neste caso, a doação pode vir de um parente compatível ou de uma pessoa que fez um cadastro no hemocentro, cujo dados vão para o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME).



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