quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Musical que aborda a vida do sambista Candeia chegará ao ABC em novembro

Da Redação

Após duas temporadas no Teatro Oficina, em São Paulo, o musical “É Samba na Veia, é Candeia” chega aos teatros do ABC, em novembro. As apresentações serão em São Caetano do Sul (17), no Teatro Paulo Machado de Carvalho, e em e São Bernardo do Campo (18), no Teatro Lauro Gomes. O espetáculo conta a trajetória de Antônio Candeia Filho (1935/1978), mais conhecido como Candeia, um popular sambista portelense cuja morte acaba de completar 40 anos.

O ator Marcelo Dalourzi interpreta Candeia | Foto: Osmar Moura
No ABC, as duas apresentações contarão com uma participação especial: a da sambista e intérprete Adriana Moreira, que completa 20 anos de carreira e subirá ao palco para homenagear Clara Nunes.

Com texto de Eduardo Rieche, direção geral de Leonardo Karasek, produção executiva e artística de Rita Teles, o espetáculo é encenado no entorno de uma roda de samba ambientada na trajetória do artista entre as décadas de 1960 e 1970, o musical foi encenado pela primeira vez no Rio de Janeiro, em 2008. As duas montagens evidenciam a genialidade do compositor carioca, bem como destaca a contemporaneidade de suas letras e de seu pensamento.

Para o diretor, Leonardo Karasek, o espetáculo defende o protagonismo de artistas negros que são a parcela majoritária na formação do elenco. Para ele, “É Samba na Veia, É Candeia” ultrapassa as definições de um musical e se encaixa, perfeitamente, como uma peça biográfica. “O cenário reforça todo o simbolismo da trajetória de Candeia como homem negro e crítico social. A estruturação da montagem reforça o sentido da imersão do público no universo do compositor. E, nesse caminho, fazemos um convite para a releitura do mundo nos olhos de Candeia, com todas suas facetas e vivências como corpo e voz de movimento e atuação política por meio do samba”, afirma.

O ator Marcelo Dalourzi interpreta Candeia. Os aspectos cotidianos da vida do músico, a utilização do samba como instrumento de resistência cultural da população negra do subúrbio carioca e a sua maneira singular de compor sobre os amores, as vicissitudes da vida e seu estilo musical sem perder a possibilidade de contestar males sociais como o racismo e apropriação cultural ganham destaque na encenação.



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