quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Síndrome do olho seco atinge mais as mulheres

Da Redação

A lágrima é responsável pela lubrificação e proteção dos nossos olhos e qualquer disfunção que interfira na sua qualidade ou produção pode desencadear o olho seco. O problema é tão importante que já tem uma data para marcar o assunto: 6 de outubro é o Dia Nacional de Conscientização do Olho Seco. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a síndrome do olho seco atinge mais as mulheres, na proporção de três para cada homem.

Desconforto nos olhos é um dos sintomas | Imagem: divulgação 
A doença é consequente de fatores ambientais, ou comportamentais e pode se tornar uma doença crônica, chamada de síndrome do olho seco, que causa bastante desconforto e pode comprometer atividades simples do dia a dia. Isso ocorre porque o filme lacrimal natural tem a função de manter a umidade e lubrificação dos olhos, fornecendo hidratação, nutriente e oxigênio à córnea, protegendo-a contra infecções.

Dentre alguns dos fatores associados à doença crônica estão: alterações hormonais ao longo da vida, especialmente na menopausa; traumas por queimaduras químicas; uso de determinados medicamentos; idade avançada; uso de lentes de contato, além de doenças reumatológicas.

O oftalmologista Marcelo Netto, professor e doutor em Oftalmologia pela Universidade de São Paulo (Usp), explica que “existem pessoas que apresentam deficiência na produção lacrimal e não conseguem produzir a quantidade adequada de lágrima, mas na grande maioria dos casos o sintoma do olho seco ocorre por agentes externos e ambientais. Os sintomas nos dois casos é ardor, irritação e vermelhidão, sendo que nos casos de doença crônica ocorre também a dificuldade para movimentar as pálpebras”, explica.

Aqueles que são diagnosticados com a síndrome do olho seco precisam de acompanhamento oftalmológico frequente, com tratamentos especiais a base de colírios e alguns procedimentos invasivos para a manutenção da hidratação, evitando que lesões na córnea comprometam a visão de forma temporária ou mesmo definitiva.

Para os casos mais simples de sintomas esporádicos por fatores ambientais, o tratamento consiste basicamente no uso de lágrimas artificiais ao longo do dia, além de mudança de hábitos nocivos que propiciam a desidratação dos olhos.

“As lágrimas artificiais são colírios com funções especificas de proteção dos olhos, que equilibram o filme lacrimal e suas camadas contra a evaporação da lágrima”, explica o médico.

Cada colírio nesta categoria possui uma composição específica. Alguns colírios combinam dois importantes agentes, o ácido hialurônico e a carboximetilcelulose, substâncias que ajudam a lubrificar e a hidratar os olhos oferecendo mais conforto ocular e alívio de longa duração.

A prevenção do olho seco está em ações simples, como descanso dos olhos ao longo do dia, especialmente em relação ao uso excessivo de aparelhos eletrônicos (celular, computador, televisão), higienização dos olhos contra poluentes do ar, entre outros. Mas o especialista faz um alerta: “Mesmo que não haja necessidade de prescrição médica para o uso de colírios, recomenda-se a consulta periódica com o oftalmologista para a identificação da frequência dos sintomas, fatores desencadeantes e identificação precoce dos casos da doença, antes de ela cronificar", finaliza o médico.


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