Mesmo em maior número nas universidades, mulheres recebem salários 23,51% menores que os homens, exercendo as mesmas funções. Nos cargos de gerência, apenas 39,1% são ocupados por profissionais do gênero feminino, de acordo com a última pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A preocupação com essa realidade despertou o interesse das empreendedoras Carine Roos e Amanda Gomes, que, juntas, criaram a primeira escola de liderança feminina do Brasil, a Elas.
Carine Roos e Amanda Gomes fundaram a escola Elas | Foto: divulgação |
"Nós sempre vimos muitas iniciativas de apoio, mas poucas ações práticas capazes de transformar esse cenário", diz Carine.
No Programa Elas, que possui 54 horas de duração distribuídas em três módulos, as mulheres trabalham o autoconhecimento, forças e fraquezas e técnicas de negociação e de influência, alinhados aos Sete Princípios do Empoderamento das Mulheres nas Empresas, defendidos pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Neste período, as cofundadoras diagnosticam as participantes em três dimensões que podem ser analisados no término do programa, mapeando o desenvolvimento e a evolução de cada uma dentro de determinadas competências. "Nós identificamos que nossas alunas finalizam o curso mais ambiciosas para conquistar espaços no mercado de trabalho e cientes de seus valores como pessoa e mulher", explica Amanda.
Em uma turma de 100 mulheres certificadas, a Elas constatou que 30% delas receberam aumento salarial ou foram promovidas após participarem do curso. Entre outras conquistas e avanços, as alunas destacam melhora na produtividade, no foco, na comunicação e no desenvolvimento pessoal, fatores imprescindíveis em ambientes profissionais cada vez mais competitivos.
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