sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Busca por atendimento psicológico triplica entre adolescentes

Da redação 

De 2015 até os dias atuais, triplicou a ida de adolescentes, entre 10 e 14 anos, aos consultórios de psicólogos. Essa é a terceira terapia mais buscada pelos beneficiários dos planos de saúde corporativos, atrás apenas daquelas associadas a outros tratamentos como a fisioterapia pulmonar e hemodiálise, segundo dados da Gesto, empresa que utiliza tecnologia e ciência de dados para gerenciar planos de saúde corporativos.

Levantamento aponta que as consultas são mais frequentadas por crianças e os adolescentes até 18 anos | Foto: reprodução 
Cerca de 11% dos gastos das operadoras de saúde com terapias foram destinados a cobrir os atendimentos com psicólogos, o que ultrapassa o total de R$10 milhões entre 2016 e 2017. Isso representa 30% a mais do que o consumido pelo quarto lugar do ranking, ocupado por fisioterapia, e cinco vezes mais do que o destinado para nutrição, que é a sétima terapia listada entre as de maiores despesas.

O levantamento foi conduzido considerando um universo de 622 mil pessoas, pertencentes a empresas de diferentes portes que atuam em território nacional, segundo a CEO da companhia, Fabiana Salles.

"A amostra é maior do que a população de 99% dos municípios brasileiros, visto que apenas 31 deles possuem mais do que 500 mil habitantes. Ou seja, ela reflete de forma bastante fiel um retrato de como é o perfil de acesso aos psicólogos por parte da nossa sociedade", afirma Fabiana.

O estudo concluiu também que os maiores frequentadores das consultas são as crianças e os adolescentes até 18 anos, que representam 27% dos usuários da modalidade, divididos de forma quase igualitária entre meninas (12,22%) e os meninos (14,85%). O dado pode estar relacionado às situações de bullying nas escolas, ou ainda às dificuldades de aprendizado, como no caso da dislexia, que atinge entre 5% e 17% da população mundial de acordo com a Associação Brasileira de Dislexia (ABD).

Já quando o recorte considera a população total, que contempla até os 59 anos ou mais, o cenário de divisão se inverte: a frequência é majoritariamente feminina (63,81%).

"O mais interessante do levantamento é perceber que quem desloca os dados de uso é, na maior proporção, os dependentes daqueles titulares que recebem o benefício saúde das empresas em que trabalham. Ter a visibilidade de um indicador como esse contribui para o desenho mais assertivo de uma estratégia macro, que envolve o plano de saúde e programas paralelos de qualidade de vida", conclui Fabiana.

 



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