sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Escolha do médico especialista não deve ser feita com base nas redes sociais, alerta SBD

Da redação 

Por meio da internet, os médicos encontram excelentes oportunidades para estreitar o relacionamento com os pacientes, atraindo também novos interessados em suas especialidades. Mas a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) alerta: a internet deve ser utilizada como instrumento de promoção da saúde e orientação da população. Reforça que o critério de escolha de um profissional para a realização de procedimentos estéticos não deve ser o número de seguidores, curtidas, popularidade e da propaganda do “antes e depois” – prática expressamente proibida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e publicada na Resolução 2.125/15.

Paciente pode checar o médico no Conselho Federal de Medicina e  Conselho Regional de Medicina  | Foto: reprodução 
É fundamental que a população saiba certificar a capacitação do profissional escolhido para realizar um procedimento estético. A entidade alerta ainda sobre a oferta indiscriminada de serviços médicos em sites de compras coletivas, prática proibida e incompatível com a ética médica, bem como anúncios na internet, que oferecem pacotes baratos e promoções como forma de estabelecer um diferencial na qualidade dos serviços. Que profissional é esse que precisa fazer sensacionalismo e autopromoção para conquistar pacientes? Essa é uma reflexão que a SBD sugere que todos façam na escolha do profissional que cuidará da sua saúde.

O vice-presidente da SBD, Sergio Palma, recomenda “ter cautela, não acreditar em tudo que é oferecido na Internet e evitar se submeter a qualquer tipo de procedimento ou serviço médico sem que haja antes uma consulta completa em ambiente adequado, com realização da anamnese e do exame físico para que não haja danos e riscos à saúde. Esses são os princípios básicos para não confiar a vida em mãos erradas”.

O local onde o procedimento será realizado também deve ser decidido com muito cuidado. Para a execução de tratamentos clínico-cirúrgicos, as normas mínimas para o funcionamento de consultórios médicos e dos complexos cirúrgicos para procedimentos com internação de curta permanência devem ser rigorosamente observadas, atendendo as exigências do Conselho Federal de Medicina (CFM). Casas e imóveis residenciais em hipótese alguma devem ser considerados para a prática de procedimentos invasivos.

CRM e RQE

Para ser um especialista numa área médica, não basta ter CRM (número que o médico recebe para exercer a medicina), é necessário possuir o RQE (Registro de Qualificação de Especialista),  identificação que o especialista tem para que sua especialidade médica seja reconhecida. O número é obtido no momento em que o médico registra o certificado de conclusão de residência médica credenciada pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) ou também o Título de Especialista no Conselho Regional de Medicina do estado em que trabalha.

Para saber se o médico possui registro de especialista, qualquer pessoa pode fazer uma consulta gratuita no site do Conselho Federal de Medicina (CFM) e  Conselhos Regionais de Medicina  (CRMs). No caso do médico dermatologista, a checagem também pode ser feita pelo site oficial da SBD.

A SBD é a única instituição reconhecida pelo CFM e pela Associação Médica Brasileira (AMB) como representante dos dermatologistas no território brasileiro.


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