Muitas vezes o cansaço, dor de cabeça e até mesmo o mau-humor podem indicar a chegada de um resfriado, ou uma doença causada por vírus e/ou bactéria. Com isso, pode haver diarreia ou vômitos e, consequentemente, uma das consequências pode ser a desidratação, que é basicamente a perda da água do corpo, incluindo eletrólitos vitais como sódio, cloreto e potássio.
Bebês, crianças e idosos estão mais propensos à desidratação | Foto: reprodução |
A desidratação em um estágio mais elevado pode causar complicações sérias, como convulsões, insuficiência renal e queda no volume de sangue, o que afeta a pressão arterial do indivíduo.
Saiba quem está em risco
Bebês e crianças: a desidratação pode afetar qualquer pessoa, não importa a idade — se mais velho ou mais jovem —, mesmo se forem completamente saudáveis. Algumas pessoas estão especialmente propensas à desidratação, como bebês, crianças jovens e idosos. “A desidratação se torna uma preocupação quando uma pessoa perde apenas 3% da água do corpo”, ressalta Patrícia. Para um bebê de 2,25 kg isso se traduz em apenas 236,5 ml (cerca de um copo de água pequeno), portanto, a desidratação pode acontecer rapidamente.
Adultos idosos: quando se trata de adultos idosos, eles podem ter um baixo volume de fluidos por vários motivos diferentes. “O primeiro é que eles podem simplesmente se esquecer de tomar água. Conforme a sensação de sede se torna menos aguçada com a idade, alguns podem até mesmo nem perceber que não beberam líquido suficiente”, lembra a nutricionista.
Existem outras causas de desidratação como, por exemplo, tomar medicações como diuréticos que acabam desidratando a pessoa, ou evitar beber líquidos suficientes simplesmente para reduzir as idas frequentes ao banheiro.
Sintomas sutis
Embora a desidratação possa tornar a maioria das pessoas irritáveis e letárgicas, outros sintomas podem variar de idade para idade. “Bebês podem não produzir lágrimas, ter a boca seca ou uma febre de baixo grau, e podem parar de molhar as fraldas. Os adultos podem apresentar tontura ou sentir sede, dor de cabeça, constipação ou pele seca, e a urina pode ser mais escura e concentrada do que o normal (geralmente transparente ou de cor amarela muito clara)”, alerta.
“Como os bebês são afetados rapidamente pela perda de fluidos, é fundamental ligar para o pediatra assim que suspeitar de uma desidratação e continuar com a alimentação normal, conforme necessário”, diz Patrícia.
Reidratação
Caso as evidências apontem para a desidratação, um copo de água é um bom começo, mas também é possível prosseguir com uma solução de reidratação oral. “Quando perdemos fluido devido ao suor, ao calor, diarreia e vômito, os corpos também perdem eletrólitos — como sódio, potássio e cloreto — necessários para manter o equilíbrio de fluidos e manter o sistema nervoso e músculos funcionando de forma adequada”, explica. A reidratação oral pode ajudar a restaurar estes eletrólitos perdidos.
“Também é importante ter em mente que a hidratação não se trata apenas do que bebemos. Os fluidos somam aproximadamente 80% da ingestão diária de água, enquanto os alimentos somam os 20% adicionais. Por isso, opte por alimentos ricos em água como frutas, vegetais, aveia, sopa, iogurte entre outros”, finaliza.
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