quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Demência: Alzheimer é a causa mais frequente

*Por Mario Louzã

Segundo o Instituto Alzheimer Brasil (IAB), há cerca de 46,8 milhões de pessoas com demência no mundo. Este número praticamente irá dobrar a cada 20 anos, chegando a 74,7 milhões em 2030 e a 131,5 milhões em 2050. Estima-se que a cada 3,2 segundos, um novo caso de demência é detectado no mundo, e a previsão é de que em 2050 haverá um novo caso a cada segundo.

“Pessoas com maior nível educacional têm um risco menor de desenvolver demência”, comenta Louzã | Foto: divulgação 
Embora não seja propriamente uma causa, a idade é um fator relevante. A medida que aumenta a expectativa de vida da população, aumenta também o número de pessoas que desenvolve algum tipo de demência. A frequência varia conforme a faixa etária. Dos 65 aos 74 anos, é cerca de 3%; dos 75 aos 84, 18%; e acima de 85 anos, 47%.

É importante lembrar que no “envelhecimento normal” há perdas cognitivas progressivas, numa escala pequena e de modo muito lento, não comprometendo o cotidiano da pessoa. Há também um quadro denominado “transtorno cognitivo leve” ou “transtorno neurocognitivo menor” que se caracteriza por perdas cognitivas mais significativas do que o “envelhecimento normal”, porém, leves e graduais, não chegando a configurar um quadro de demência.

A principal causa de demência é a doença de Alzheimer. Cerca de 50-60% dos casos decorrem do Alzheimer. Em seguida, vem a demência vascular e a demência por corpúsculos de Lewy. Menos frequentes são as demências frontotemporais e as demências causadas por traumatismo cranioencefálico, infecções e alcoolismo. Há também as demências mistas (em geral, a associação de Alzheimer e demência vascular).

Sintomas
As demências se caracterizam por uma perda da capacidade cognitiva. Há diferenças entre as manifestações clínicas, mas, de modo geral, ocorre uma perda da capacidade de raciocínio, falhas de memória de curta duração (a pessoa se lembra de fatos antigos, mas não lembra o que fez há poucas horas), e dificuldade para organizar e executar tarefas cotidianas.

A medida que o quadro evolui, os sintomas se tornam mais intensos, havendo perda progressiva da memória, desorientação, dificuldade nas atividades cotidianas e problemas de linguagem. Esta é a evolução típica da demência na doença de Alzheimer, a mais frequente das demências.

Tratamentos
Os tratamentos para as demências, especialmente Alzheimer, incluem medicamentos e abordagens de reabilitação cognitiva. Tanto os medicamentos quanto à reabilitação têm o objetivo de retardar a progressão da demência. Não há tratamentos que possam reverter as perdas que já ocorreram. Por isso, aos primeiros sinais de prejuízo cognitivo, é fundamental buscar rapidamente o diagnóstico. Quanto antes o tratamento tiver início, melhores serão os resultados.

Prevenção
Há vários fatores de risco para as demências que são imutáveis (genética ou idade, por exemplo). Outros fatores podem ser corrigidos para reduzir a chance de desenvolvimento de demência: hipertensão arterial, obesidade, perdas sensoriais (especialmente auditiva), diabetes, tabagismo, depressão, isolamento social e falta de atividade física.

Pessoas com maior nível educacional têm um risco menor de desenvolver demência. Pelo fato de terem estudado mais e manterem uma estimulação intelectual ao longo da vida, desenvolvem uma “reserva cognitiva”, deixando o cérebro mais resiliente às perdas naturais que ocorrem com a idade. Da mesma forma que o corpo precisa de atividade para se manter bem, o cérebro precisa de estimulação para se manter ativo, com sua melhor capacidade possível.

*Mario Louzã é médico psiquiatra, doutor em Medicina pela Universidade de Würzburg, Alemanha, e Membro Filiado do Instituto de Psicanálise da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo.


Um comentário:

  1. Por favor, ajude-me a agradecer ao Dr. Wealthy por seu bom trabalho. Eu realmente acredito que o HIV tem cura. Eu sou HIV positivo há mais de 3 anos, antes de me deparar com um comentário, Dr. Wealthy, de que ele tem cura para qualquer doença e vírus, mas quando eu o vi eu lembre-se de que ele não pode curar o HIV. Apenas decidi tentar. Entre em contato com ele naquela noite, felizmente para mim, ele disse que sim, mas não acredito nele. Acho que foi uma farsa ou algo assim, mas ainda assim espere para ver o trabalho do Dr. Wealthy, se ele estiver dizendo a verdade, ele pede algo diferente e alguma pergunta sobre mim Dou-lhe todos os detalhes que ele precisava e espero ver sua resposta ao meu problema depois que tudo estiver pronto ele me pediu para fazer check-up Fiz o teste de hiv Não posso acreditar que era negativo, obrigado Dr. Wealthy por me ajudar por não morrer nesta tenra idade, se você precisar de ajuda, entre em contato com ele agora wealthylovespell@gmail.com ou inclua-o no WhatsApp +2348105150446

    ResponderExcluir

Coop promove ações gratuitas de saúde no ABC e interior

Redação Em janeiro, a Coop - Cooperativa de Consumo realizará a primeira edição de 2020 da Blitz da Saúde, programa social voltado aos mo...