Janeiro Branco é o termo utilizado para chamar atenção à campanha de cuidados com a saúde mental e promoção de atividades ligadas ao tema. Uma das questões presentes na vida da mulher, relacionadas à saúde mental, é a depressão pós-parto, de acordo com a ginecologista, obstetra e mastologista, Mariana Rosário: “Em geral, não se fala muito sobre o assunto, por desconhecimento e até preconceito”.
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As alterações hormonais bruscas que ocorrem com a mulher podem causar a depressão pós-parto, explica a médica Mariana | Foto: divulgação |
As causas fisiológicas mais comuns do quadro depressivo pós-parto são as alterações hormonais bruscas que ocorrem com a mulher. Mas, existem casos que são apenas emocionais, principalmente nas pacientes que já apresentaram alguma depressão, antes ou durante a gravidez, por fatores diversos como, por exemplo, a idade (muito novas ou mais velhas) e condição sócio-econômica-cultural.
“Uma paciente em condição financeira prejudicada ou de família desestruturada pode apresentar depressão pós-parto sem causas fisiológicas, sendo um estado puramente emocional. De qualquer maneira, seja o problema físico ou emocional, ele deve ser tratado imediatamente”, alerta a médica.
Mariana explica que a depressão pós-parto pode ter, como uma das principais características, a rejeição ao bebê, mas, pode se apresentar em níveis diferentes. “Existe um quadro chamado de Baby Blues, caracterizado por melancolia, sensibilidade amplificada e insegurança que chegam de repente, mas, que não causam tristeza no puerpério. Esse quadro tende a passar logo, sem a necessidade de intervenção médica”, afirma a ginecologista. Porém, ela destaca que, se os sintomas perdurarem mais de 30 dias ou forem muito intensos, é importante procurar o médico.
Entre 10% e 15% das mulheres passam pela depressão pós-parto. A duração do quadro depende muito da resposta da paciente à medicação. “Algumas melhoram imediatamente, mas, em casos graves, exige-se até mesmo a internação. O tratamento é feito com medicação e terapia”, comenta.
Além disso, o apoio familiar é fundamental nos casos depressivos no puerpério, para que a mulher consiga superar esta fase, o mais breve possível.
“Não é preciso ter medo de uma depressão aparecer, porque existe tratamento para o problema. Fazer um pré-natal completo, ter uma gravidez tranquila, cuidando da saúde e praticando atividade física são as melhores formas de prevenir-se do problema, mas, se ele se manifestar, procure imediatamente apoio médico”, finaliza Mariana.
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