A endocrinologista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo (SBEM-SP), Angela Spinola, alerta para a necessidade de acompanhamento médico periódico dos filhos, para avaliar ritmo de crescimento e ganho de peso, por exemplo. Com isso, é possível identificar puberdade precoce, o que compromete a estatura.
O período normal de puberdade pode variar entre oito e 14 anos, em média, nas meninas, e entre 10 e 15 anos meninos | Foto: Freepik |
Quando o diagnóstico é demorado e a idade óssea da criança avança muito, ela poderá perder estatura. Mama, pelos pubianos, aumento dos testículos são sinais de puberdade que precisam de avaliação médica. Em alguns casos não há velocidade de crescimento aumentada nem idade óssea, basta acompanhar a evolução. Mas há casos em que o crescimento da mama, por exemplo, pode ser um sinal de atenção.
O período normal de puberdade pode variar entre oito e 14 anos, em média, nas meninas, e entre 10 e 15 anos meninos, com uma grande variação dentro de um mesmo grupo e de acordo a etnia, mas com tendência a manter um padrão familiar, genético.
Então, o aparecimento de mamas em meninas antes dos oito anos de idade e o desenvolvimento dos testículos, antes dos nove anos nos meninos, deve ser avaliado cuidadosamente para esclarecer se a criança apresenta precocidade sexual.
A puberdade
É o processo de transição entre a infância e a vida adulta, período ao final do qual nos tornamos aptos à reprodução. Essa etapa corresponde a um processo de maturação biológica, quando ocorrem muitas transformações físicas, como aceleração do crescimento, modificação da distribuição de gordura, aumento da massa muscular (principalmente no sexo masculino), desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários, desenvolvimento das mamas, desenvolvimento genital, testicular, ovariano, além das modificações emocionais e psicológicas. Vários hormônios participam desse processo que, de forma simplificada, é desencadeado pelo aumento na secreção do hormônio liberador das gonadotrofinas (GnRH), que estimula a secreção das gonadotrofinas hipofisárias, hormônio luteinizante (LH) e foliculoestimulante (FSH), responsáveis pelo estrógeno e testosterona.
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