quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Neurologista explica vertigem fóbica

Da Redação

Os problemas emocionais podem causar tontura, de acordo com o neurologista Saulo Nader, da Universidade de São Paulo (USP) e do Hospital Israelita Albert Einstein, conhecido como Dr. Tontura, por ser um especialista no tema. É a chamada vertigem fóbica, tipo de "labirintite" muito correlacionada com ansiedade ou estresse excessivo.

A vertigem fóbica costuma acontecer em ambientes com muita informação e conflito visual | Foto: Shutterstock
Então, o médico explica que o Sistema Vestibular é formado pelos labirintos, que enviam informações, através de um nervo, a uma área do cérebro, responsável pelo controle do equilíbrio e da postura da pessoa. Ela é regida por uma química cerebral, que a faz funcionar adequadamente.

"Essa química pode sofrer um distúrbio e, quando isso acontece, um dos sintomas pode ser a tontura. É assim que começa a vertigem fóbica", explica Nader. Os sintomas mais comuns são o atordoamento, mal-estar e insegurança postural.

Normalmente, a "vertigem fóbica" costuma acontecer em ambientes com muita informação e conflito visual, como supermercados (com luz clara, prateleiras coloridas, grande movimento de pessoas e carrinhos), shoppings, feiras, etc.

"Às vezes, a pessoa com vertigem fóbica pode sentir tontura, instabilidade e insegurança em lugares específicos, quando vai à casa de
um determinado parente, por exemplo", diz o médico.

O nome vertigem fóbica deriva do fato de a alteração da química cerebral se alterar de forma muito semelhante à de quem sofre de muita ansiedade ou de estresse intenso. E existe uma correlação entre ela e esses fatores.

Vale lembrar que a tontura pode estar ligada também a outra doença psiquiátrica como, por exemplo, depressão, bipolaridade, ansiedade e pânico. A vertigem fóbica é um tipo bem diferente e peculiar de labirintite, muito relacionada sempre a questões emocionais.

A boa notícia, segundo o Dr. Tontura, é que existe tratamento. Se a pessoa tem uma outra doença vestibular ativa, que foi perpetuada e piorada pela vertigem fóbica, essa doença também precisa ser tratada. Fora isso, existem remédios que trazem a química cerebral de volta para o lugar, aliviam os sintomas e permitem que se tenha uma vida completamente normal. O importante é fazer o diagnóstico para ter um tratamento adequado.


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