quinta-feira, 4 de julho de 2019

Neuropsicólogo ensina a decifrar as pessoas por meio das expressões corporais

Redação

Pesquisas apontam que mais de 90% da comunicação é feita por meio da linguagem corporal.  Sendo assim, é necessário passar a “escutar” o que é transmitido, por meio do movimento dos braços, mãos, dos olhos, dos pés e até das sobrancelhas, já que essa comunicação transmitida é mais do que um complemento do que é falado. De acordo com o neuropsicólogo Luciano Alves nem tudo o que é dito está nas palavras, os gestos e posições têm muito mais a dizer do que a boca.

Oos braços cruzados podem ser um sinal de que a pessoa está na defensiva, com a necessidade de se auto proteger da situação, explica o neuropsicólogo Luciano Alves | Foto: reprodução

"Grande parte do quer ser dito está nas nossas expressões e gestos, que falam mais do que estamos pensando e sentindo. Essa percepção é importante para o desenvolvimento pessoal, mas também para os relacionamentos interpessoais, onde muito do que está acontecendo não é dito e sim percebido", afirma Alves, que comanda, em 20 de julho, o "Curso de Introdução à Leitura Corporal e Fisiognomia", em São Paulo, no qual as pessoas aprendem, de uma maneira prática e inovadora, como despertar essa percepção.

De acordo com o especialista, há muitos detalhes mostrados pelo corpo que acabam passando despercebidos pelas pessoas que não sabem fazer uma leitura correta. Um dos exemplos práticos é a mão na boca. "Quando uma pessoa não está falando a verdade, ela costuma tapar a própria boca; ou passar a mãos nos lábios, tocar o queixo; ou até colocar objetos na frente da boca. O ato de comprimir os lábios é outra linguagem corporal negativa.  Esse ato demonstra que a pessoa está tentando evitar dizer o que realmente pensa ou que não deseja responder alguma pergunta. Outra dica se refere as palmas da mão. Quando a pessoa está sendo sincera, ela tende a expor as palmas das mãos para o outro. Quando mentimos, somos inclinados a nos fechar e esconder as mãos, seja no bolso, nas costas ou cruzando os braços", explica Alves.

Além disso, ele dá outras dicas, entre elas, observar se, durante uma conversa, a pessoa olha baixo. Isso pode ser o corpo dizendo não para você. Também é necessário se atear aos movimentos rígidos, tensos, repetitivos com mãos, braços ou pernas. Esses membros também tendem a ficar encolhidos quando a pessoa não está sendo verdadeira.

"Uma linguagem corporal que denuncia que a pessoa está faltando com a verdade é o ato de coçar ou tocar nariz repetidamente. Isso mostra ansiedade ou provavelmente que a pessoa está contando uma mentira. O aumento na pressão arterial em virtude da ansiedade leva ao aumento do fluxo sanguíneo no nariz e as células liberam histamina, o que faz com que o nariz coce. Quando está mentindo uma pessoa também costuma "afundar" a cabeça dentro dos ombros. Além disso, os braços cruzados podem ser um sinal de que ela está na defensiva, com a necessidade de se auto proteger da situação. O tom de voz de quem está mentindo também costuma mudar, já que o músculo das cordas vocais fica enrijecido quando a pessoa está sob pressão. O olhar também é importante. No ato de mentir, a pessoa fica com dificuldade de manter o contato ocular com a outra pessoa. Além disso, ao ouvir uma pergunta, se ela olhar para o lado esquerdo é sinal que está criando uma resposta. Olhar para o lado direito, por outro lado, é sinal que busca a informação na memória", comenta.

O especialista detalha que é possível aprender sobre a leitura corporal e passar a entender a percepção além da linguagem verbal.  Com isso, Alves afirma que as pessoas tomarão atitudes mais assertivas, por exemplo, numa conversa, seja ela de negócios, relacionamento afetivo ou familiar, pois ao ter esse entendimento, ela tomará a decisão correta no que diz respeito a abordagem, pois fará a leitura correta do que está sendo sinalizado pela outra pessoa.

Para mais informações e reserva para o curso, ligue (11) 97485-9681, falar com Isabel Lussana.

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