Quem nunca se questionou sobre a própria vida, seja aos 18 ou 40 anos? Será que estou feliz no trabalho? Estou com a pessoa certa? Será que quero ter filhos? Ao longo dos anos, a espécie humana adquiriu a capacidade de refletir sobre si e o ambiente ao seu redor, buscando respostas o tempo todo. Segundo o psicanalista pela Sociedade Internacional de Psicanálise de São Paulo e Master Practitioner de PNL filiado ao NLP Academy, Alexandre Pedro, de modo geral, os questionamentos encontram respostas que o tranquilizam, e o homem segue sua trajetória relativamente feliz consigo mesmo.
Segundo o psicanalista Alexandre Pedro, a forma de lidar com a crise dependerá da resiliência, da capacidade de encarar mudanças e de tomar decisões | Foto: Shutterstock |
“Porém, em algumas situações, as respostas não aparecem tão facilmente, exigindo uma reflexão mais profunda para decidir qual direção tomar. Muitas vezes, a escolha é dolorida”, comenta Pedro.
De acordo o psicanalista, uma crise existencial não é considerada propriamente uma doença. Envolve, em geral, uma situação-limite para a pessoa, um questionamento sobre algum aspecto profundo e essencial de sua existência. Difere claramente de uma crise situacional, como um divórcio, por exemplo, ou uma crise inerente às diversas etapas da vida (adolescência ou meia-idade).
“Crises situacionais podem convergir e se aprofundar a ponto de se tornarem uma crise existencial. Quando ela se aprofunda, a pessoa pode vir a desenvolver uma depressão, que requer cuidado médico especializado”, comenta Pedro.
Assim, as crises e adversidades da vida ocorrem de maneira imprevisível, normalmente. Então, a forma de lidar com a crise dependerá, segundo o especialista, da resiliência, da capacidade de encarar mudanças e de tomar decisões.
“Se o indivíduo já tem algum bloqueio emocional, transtorno de ansiedade ou dificuldade para sair da zona de conforto e se adaptar ao novo, ele precisará de ajuda profissional para desenvolver seu potencial de enfrentar os desafios que surgem a todo instante. Psicoterapias proporcionam a possibilidade de desenvolvimento pessoal, a partir da investigação do modo de ser da pessoa. A medida que o indivíduo amplia e aprofunda o conhecimento sobre si mesmo, passa a dispor de novos instrumentos para lidar melhor com os obstáculos e as dúvidas inevitáveis ao longo da vida”, finaliza o psicanalista.
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