A população mundial vive um novo tempo onde a longevidade vem se tornando um fator presente em várias nações. Já vivemos mais do que nossos avós e os nossos netos provavelmente terão uma outra perspectiva de existência. Porém, o corpo humano tem suas próprias limitações impostas pela nossa natureza. As células humanas não possuem capacidade organizada de replicação durante o processo de senescência. Enfim, há um limite para a reprodução celular. Isso quer dizer que temos um ponto finito para enfrentar as doenças.
Assim, a perspectiva de longevidade com qualidade de vida ainda esbarra em alguns padrões que mantemos no nosso cotidiano. São hábitos que se tornam vilões no desenvolvimento de tumores. Vale lembrar que encontramos os fatores de risco herdados, mas outros podem ser modificados como tabagismo, uso do álcool, obesidade, sedentarismo, exposição à radiação solar continua ou radiações ionizantes.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), em 2004, foram 7,4 milhões de pessoas atingidas pela doença. Uma estimativa da instituição revela que o envelhecimento da população, somada a hábitos nada saudáveis e o convívio em ambientes cada vez mais artificiais, deve fazer com que cerca de 11 milhões de pessoas no mundo todo terão de enfrentar o problema até 2030.
Considerada uma das enfermidades cada vez mais comum, a casualidade do câncer tem assustado muitas pessoas no mundo todo. Mas isso pode ser diferente. Ter um estilo de vida mais saudável e evitar a exposição a substancias ocasionais é o objetivo primordial para que a doença não se desenvolva, mas há também a prevenção secundária correlacionada à infecção por HPV ou cânceres assintomáticos iniciais.
Com as estratégias certas, podemos combater essa dura realidade. Portanto, é sempre importante procurar assistência especializada, caso note qualquer anomalia em seu corpo. Um check-up anual também cai bem.
Por isso, muitas vezes as nossas próprias escolhas são o melhor fator de proteção; escolha ser saudável!
*Ramon Andrade de Mello é oncologista, professor da disciplina de oncologia clínica da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e da Escola de Medicina da Universidade do Algarve (Portugal).
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