terça-feira, 6 de novembro de 2018

Filme retrata movimento que mistura poesia, performance e críticas sociais

Da Redação

Ao longo dos 81 minutos de "Slam – Voz de Levante", Roberta Estrela D'Alva, uma experiente slammaster (uma apresentadora de 'slam'), conduz o espectador por competições de Poetry Slam - batalhas performáticas de poesia - onde os jogadores rimam jogos poéticos de críticas políticas, injustiças sociais e, principalmente, de resistência. O filme, dirigido por Tatiana Lohmann e Estrela D´Alva, visita clubes em Nova York e Chicago; atravessa o oceano até o campeonato mundial de slam em Paris e volta ao Rio e São Paulo. O filme estreia em 22 de no novembro, com distribuição da Pagu Pictures. 

Roberta Estrela D'Alva em plena atuação na Poetry Slam | Foto: divulgação 
Completando 10 anos de chegada ao Brasil, as batalhas de Poetry Slams unem texto com a habilidade de apresentá-lo no palco. O púbico é peça fundamental deste "jogo" e tem a permissão (e talvez a responsabilidade) de participar ativamente das disputas. Celebrada em todo o mundo, as apresentações impactam fortemente o público jovem e periférico. Hoje, já existem mais de 150 comunidades espalhadas em 18 estados do país, que são retratadas no filme.

Filmado entre 2011 e 2017, o longa culmina com a participação da brasileira Luz Ribeiro na Copa do Mundo de Slam, em Paris. Nas competições, os poetas apresentam suas experiências, vivências e pensamentos de maneira muito pessoal.

"Ocupar os espaços públicos é uma vocação do Poetry Slam no Brasil. São raros os slams indoors por aqui, o que reforça ainda mais o seu caráter político. Não que lá fora não exista esse caráter político, mas aqui é especificamente forte. O boom dos slams dos últimos anos aconteceu em sincronia com o grande balanço político pelo qual o país vem passando. A questão racial, o feminismo, a questão do transgênero e a luta de classes são assuntos recorrentes na cena de Slam brasileira",  comenta Tatiana.

Exibido com sucesso na Mostra Internacional de São Paulo do ano passado, o documentário conquistou os prêmios de Melhor Direção de Documentário e Prêmio Especial do Júri no Festival do Rio de 2017, e o prêmio de Melhor Filme Nacional no Festival Internacional Mulheres No Cinema (FIMCINE).Com produção da Exótica Cinematográfica em coprodução com a Globo Filmes, GloboNews e Miração Filmes e apoio do Itaú Cultural.

Além disso, todas as cópias do longa terão legenda descritiva, recurso que permite que pessoas com surdez e deficiência auditiva assistam ao filme.

Trilha sonora
Eugênio Lima e Roberta Estrela D'Alva assinam a trilha sonora que traz uma compilação de vozes contemporâneas com alguns dos mais relevantes nomes do funk, rap, pop e rock nacional como, por exemplo,  MV Bill, Liniker, Ellen Oléria, MC Daleste, MC Marechal, Lurdez da Luz e Karina Buhr.



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