quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Livro aborda cena teatral nos anos de chumbo

Da Redação

O TUSP – Teatro da USP (Rua Maria Antônia, 294, Vila Buarque) sedia o lançamento do livro Anos de chumbo: o teatro brasileiro na cena de 1968 (Edições Sesc São Paulo), do escritor e jornalista A. P. Quartim de Moraes, em 3 de dezembro, a partir das às 19h30. Na ocasião, haverá bate-papo com o autor e também com o crítico de teatro Jefferson Del Rios e diretor de teatro Sérgio de Carvalho, no programa de leituras públicas do TUSP, seguido de sessão de autógrafos.

Lançamento do livro será em 3 de dezembro, no TUSP - Teatro da Usp | Imagem: divulgação 
Na obra, Moraes traz o panorama da fervilhante cena teatral brasileira às vésperas da assinatura do Ato Institucional nº 5 (decretado em 13 de dezembro de 1968, durante o governo do general Arthur da Costa e Silva). Naquele momento, as bases do teatro contemporâneo brasileiro eram fincadas nos palcos e nas ruas por artistas de peso: Ruth Escobar, Cacilda Becker, José Celso Martinez Corrêa, Augusto Boal e Plínio Marcos, entre outros talentos.

Ao lado de intelectuais, trabalhadores e estudantes, eles desafiavam a ditadura e resistiam em prol da arte, da liberdade de expressão e, sobretudo, de sua própria sobrevivência. Moraes costura os fatos sociopolíticos ocorridos naquele ano ao movimento dos grupos e profissionais de teatro, sobretudo do eixo Rio-São Paulo, que precisaram encarar com inteligência e coragem o aumento da violência de Estado.

O livro se organiza em três atos: “Assim foi, se não duvidas”, que apresenta a cena teatral nos anos que antecedem 1968 e contextualiza a situação e o envolvimento dos profissionais da área conforme a censura e a repressão recrudesciam; “Muito barulho por tudo”, que traça um panorama das principais companhias teatrais e as principais peças de seu repertório, entre as quais destacam-se O rei da vela, do Oficina, e a 1ª Feira Paulista de Opinião, do Arena; e “Vestidos de farda”, que apresenta a cronologia dos eventos sociopolíticos, os debates internos sobre o papel e os limites da arte engajada e as peças encenadas em 1968. O livro encerra com textos basilares de Augusto Boal, Anatol Rosenfeld e Zé Celso.


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