quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Obstetra fala sobre o tempo adequado para nova gestação, após aborto espontâneo

Da Redação

A gestação gera muitas expectativas e quando, por algum motivo, não evoluiu como desejado e a mulher sofre um aborto espontâneo, mesmo que em fase inicial, ocasiona muito sofrimento, angústia e insegurança.  Mas, passado o processo de luto, a vontade de ser mãe geralmente prevalece. O obstetra Alberto Guimarães - idealizador do Parto Sem Medo -  esclarece que o prazo adequado para tentar engravidar, depende de quando e em quais situações ocorreram o aborto.

Antes de tentar uma nova gravidez, a mulher deve passar por uma avaliação médica | Foto: divulgação 
O aborto espontâneo ocorre mais frequentemente no primeiro trimestre da gestação, até 12 semanas, na maioria das vezes em função de alteração no próprio embrião, neste caso a mulher não precisa passar por nenhuma investigação ou tratamento médico, antes de tentar uma nova gravidez.

Quando o aborto é tardio (a partir da 20ª semana) é importante saber os motivos que fizeram a gestante perder o bebê.  “Em geral, tem a ver com o colo do útero. O médico deve investigar as características do colo uterino.  No caso de colo curto existe grande possibilidade de intervenção, um reforço para que a mulher consiga levar a gestação o mais próximo possível do termo. Portanto frente a uma mulher que tem história de aborto tardio, está indicado esta investigação para que não ocorra um desfecho desfavorável novamente e ainda mais precoce que o anterior”.

O médico comenta que “a recuperação física da mulher (após um aborto espontâneo) demora apenas alguns dias, aproximadamente de quatro a seis semanas, ela estará em boas condições clínicas novamente”, mas este prazo não vale nos abortos provocados, sobretudo na população mais carente do Brasil, onde se observa verdadeiras catástrofes e não raramente a morte da mulher, ressalta Guimarães.

Para que a mulher volte a tentar uma nova gravidez é preciso observar se o aborto foi precoce, se passou por uma curetagem ou se o próprio organismo eliminou por completo o saco gestacional e os restos ovulares. Desse modo, ela não precisa esperar muito tempo para engravidar, já que praticamente não houve crescimento uterino. Em alguns casos é indicado a ingestão do ácido fólico.

Já nos casos que a mulher sofreu um aborto tardio, após a eliminação do feto, é interessante que ela passe por uma avaliação médica, antes de tentar uma nova gravidez. “Convém esperar de dois a três meses para que o útero volte ao seu tamanho normal e se conclua a avaliação do útero", finaliza Guimarães.


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