Redação
Por conta das altas temperaturas no fim do ano, é preciso que os cuidados com a pele sejam dobrados, para evitar os efeitos nocivos dos raios solares, que são os principais fatores do aumento nos índices de tumores de pele, entre a população brasileira. Segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca), 180 mil novos casos da doença devem ser diagnosticados em 2019 - valor que corresponde a 33% de todos os casos de tumores malignos no Brasil, sendo o tipo de câncer mais comum no País. Com isso, a campanha "Dezembro Laranja" alerta para o problema.
Em linhas gerais, a principal causa evitável da doença é o Sol. Os melanócitos e queratinócitos (células da pele) são os principais envolvidos no processo de fotoproteção e quando expostos à radiação solar podem aumentar em número e tamanho. O câncer de pele ocorre quando há um crescimento anormal e excessivo dessas células que compõem a pele e pode ser de dois tipos: melanoma e não-melanoma, sendo o primeiro responsável por 95% dos tumores cutâneos identificados entre os brasileiros.
De acordo com a oncologista do Centro Paulista de Oncologia (CPO/Oncoclínicas), Sheila Ferreira, esse índice está diretamente relacionado à constante exposição à radiação ultravioleta (UV), sem uso de proteção adequada. Por isso, é preciso estar atento aos sinais de alerta.
“Os principais sinais e sintomas de câncer não-melanoma são a presença de lesões cutâneas com crescimento rápido, ulcerações que não cicatrizam e que podem estar associadas a sangramento, coceira e algumas vezes dor e, geralmente, surgem em áreas muito expostas ao Sol como rosto, pescoço e braços”, explica a oncologista.
De olho na prevenção
As pessoas que costumam ficar expostas ao Sol, devem reforçar o uso do protetor solar diariamente, principalmente no rosto. Se a exposição aos raios solares for maior, como na praia ou piscina, por exemplo, é importante abusar do protetor no corpo todo, usar chapéus e evitar horários em que a incidência solar esteja mais forte.
“Pessoas de pele clara, cabelos claros ou ruivos, com sardas e olhos claros são mais propensas a desenvolver o câncer de pele. A idade é um fator que também deve ser considerado, pois quanto mais tempo de exposição da pele ao Sol, mais envelhecida ela fica, aumentando também a possibilidade de surgimento do câncer não-melanoma”, destaca Sheila.
É importante a avaliação frequente de um especialista (dermatologistas) para acompanhamento das lesões cutâneas. A análise da mudança nas características destas lesões é de extrema importância para um diagnóstico precoce. O dermatologista tem o papel de orientar uma proteção adequada, para descobrir os possíveis riscos que os raios solares de verão podem causar na pele.
Entenda os diferentes tipos de câncer de pele e os possíveis tratamentos
O câncer de pele não-melanoma pode ser classificado em: carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular. O primeiro é o tipo mais frequente, com crescimento normalmente mais lento. O diagnóstico se dá, usualmente, pelo aparecimento de uma lesão nodular rosa com aspecto peroláceo na pele exposta do rosto, pescoço e couro cabeludo. Já no carcinoma espinocelular, mais comuns em homens, ocorre a formação de um nódulo que cresce rapidamente, com ulceração (ferida) de difícil cicatrização.
“Tanto o carcinoma basocelular quanto o espinocelular estão relacionados a alta exposição dos raios solares e devem ser prevenidos com protetor solar e consultas frequentes com dermatologista são importantes para detecção do câncer na sua fase inicial”, aponta a oncologista.
O câncer de pele do tipo melanoma é o mais agressivo. São geralmente os casos que se iniciam com o aparecimento de pintas escuras na pele, que apresentam modificações ao longo do tempo. As alterações a serem avaliadas como suspeitas são o “ABCDE”- Assimetria, Bordas irregulares, Cor, Diâmetro, Evolução. “A doença é mais facilmente diagnosticada quando existe uma avaliação prévia das pintas”, destaca Sheila.
É recomendável à ressecção cirúrgica destas lesões por especialista habilitado, para adequada abordagem das margens ao redor da mesma. Posteriormente, dependendo do estágio da doença, pode ser necessária a realização de tratamento complementar. Quando diagnosticada precocemente, quimioterapia ou radioterapia são raramente necessárias e a cirurgia é capaz de resolver a maioria dos casos.
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