A ciência do envelhecimento avançou nas últimas décadas, o que possibilitou a ressignificação de mitos sobre a sexualidade das pessoas acima de 60 anos. Debater esse tema é um dos propósitos da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), que, em 2019, buscou disseminar informações, especialmente, entre profissionais de saúde.
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O advento dos medicamentos para disfunção erétil, por exemplo, permitiu o retorno à vida sexual ativa para muitos idosos | Foto: Freepik |
O presidente da SBGG, o Carlos Uehara, durante o X Congresso de Geriatria e Gerontologia, no Rio de Janeiro, no último mês, afirmou "o velho não é um ser assexuado”. A Sociedade também realizou, neste ano, outros 23 eventos científicos, somando quase 7 mil participantes, entre especialistas, pesquisadores e estudantes, para debater, entre outros assuntos, a sexualidade dos idosos.
Para o geriatra Milton Crenitte existe um mito sobre esta questão. “Mesmo com todos os esforços dos especialistas, diversas construções sociais ainda privam os idosos do amor, da sexualidade e do prazer. Ainda existe um mito da ‘velhice assexual’, que dificulta a inclusão da sexualidade nessa fase da vida”, afirma.
Entre as mudanças fisiológicas que ocorrem nos corpos com o passar dos anos estão a redução de lubrificação vaginal nas mulheres e o declínio da intensidade do orgasmo, nos homens. Mas o advento dos medicamentos para disfunção erétil, por exemplo, permitiu o retorno à vida sexual ativa para muitos idosos. “Também é preciso entender que a sexualidade pode ser vivida pelo toque, carinho, afeto, pelas relações sociais ou pela maneira que o indivíduo desejar”, defende Crenitte.
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