terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Especialista comenta o aumento do estresse no fim do ano

Redação

Uma pesquisa americana recentemente realizada pela Slumber Cloud aponta que 68% dos americanos acham essa época do ano a mais estressante. A cirurgiã do aparelho digestivo e especialista em psicossomática, Maria José Femenias Vieira, de São Paulo, comenta esta situação.

Maria José comenta que identificar as doenças causadas pelo estresse é fundamental, para conter os sintomas desse problema, cada vez mais presente na sociedade | Foto: reprodução

Quando começa dezembro inicia-se também uma alta carga de ansiedade e preocupação bem maior do que em qualquer outro período do ano. Os motivos variam entre a rotina intensa de preparativos para as férias de fim de ano, a obrigação de comparecer às reuniões de amigos e familiares, os gastos excessivos que a época exige e os esforços para fechar as metas sob pressão, antes que o ano termine. Além disso, é comum que todo mundo faça um “balanço” do que foi conquistado, ou não, o que pode gerar frustrações.

"A sensação de ansiedade aumenta conforme o estresse gerado por cobranças externas e internas aumentam. Isso é uma resposta ao encerramento de um ciclo, o que é muito angustiante. Os sintomas mais comuns que aparecem associados a tudo isso é a irritabilidade, ansiedade e taquicardia", revela a especialista.

Maria José comenta que identificar as doenças causadas pelo estresse é fundamental, para conter os sintomas desse problema, cada vez mais presente na sociedade. "Por questões hormonais, o estresse afeta diretamente o funcionamento de diversos órgãos do corpo e pode causar insônia, distúrbios alimentares, prisão de ventre, depressão e até problemas no coração", alerta a especialista. 

Durante períodos curtos, as alterações provocadas pelo estresse são até benéficas ao organismo, já que nos níveis normais, a liberação de hormônios que ocorre durante esses momentos tensos é até necessária para o equilíbrio das funções orgânicas. Mas, a especialista em psicossomática alerta: "Quando passa uma determinada fase da vida e esses sintomas ainda são constantes, há o risco de evoluir para o estresse crônico e causar graves danos à saúde", diz.

Maria José revela ainda que o estresse crônico diminui a defesa imunológica e deixa o indivíduo mais vulnerável a alguns sinais característicos desse problema. Os mais evidentes são: consumo descontrolado de álcool e de cigarros, cansaço e indisposição mental, tensão e dores musculares, desinteresse pelas coisas, preocupações excessivas, dificuldade de memória, aumento da ansiedade, falta de concentração, alterações no apetite, irritação constante, alteração de sono e de humor.

Aos primeiros sinais de qualquer um desses sintomas é essencial buscar o controle com a ajuda médica especializada. "Além de evitar o desenvolvimento de outros problemas de saúde, conhecer as doenças causadas pelo estresse e adotar alternativas para vencê-las pode sinalizar o caminho para uma vida plena, saudável e mais tranquila", finaliza a especialista.

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