No final dos anos 1960 surgiu as proezas de Dona Clotildes, retratadas por Ziraldo com muito humor, zelo exagerado e apelos melodramáticos de The Supermãe. De 1968 a 1984, a personagem figurou em tiras do Jornal do Brasil e nas páginas da revista Claudia. Assim como Ziraldo, The Supermãe é atemporal e eterna. Na edição comemorativa da editora Melhoramentos, além de 16 anos de história, também são apresentados esboços, textos inéditos e curiosidades.
Edição comemorativa traz também textos inéditos | Imagem: divulgação |
O almanaque reproduz essas histórias, a partir de artes finais ou de páginas impressas dos originais já perdidos no tempo, para registrar a criatividade e o estilo de um dos maiores desenhistas do país.
Pioneiro nas artes gráficas, Ziraldo passou a influenciar gerações com sua expressividade tipográfica, conforme comenta um dos organizadores da obra, Tarcísio Vidigal. "As letras das falas são quase personagens! O título das páginas de nossa heroína, por exemplo, varia de acordo com o contexto. E a riqueza dos detalhes no traço ou as expressões sutis de um olhar, de um canto de boca, de uma sobrancelha compõe fortemente a narrativa", destaca.
Sobre os textos inéditos, Adriana Lins, sobrinha do cartunista que também organizou a obra, pontua que eles revelam sutilezas maravilhosas do autor, "possíveis de serem observadas e tão bem contadas só por quem é mesmo muito fã e tem a chance de conviver perto de Ziraldo".
A seleção de histórias de D. Clotildes e seu filho Carlinhos narra uma "saga materna ziraldiana", e o próprio cartunista sempre se considera uma supermãe que, assim como a personagem, acompanha em detalhes a vida dos filhos e que sempre quis saber onde eles estavam e a que horas voltariam.
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