O Dia Internacional do Surdo, em 30 de setembro, tem como objetivo alertar sobre a saúde auditiva, pois muitas das dificuldades na audição poderiam ser evitadas. A fonoaudióloga de São Paulo, Nathália Zambotti, explica que todo mundo pode ter perdas auditivas por exposição excessiva ao ruído, uso de remédios, infecções, acidentes, decorrentes da idade ou causas de origem genética.
Evite ouvir música em volume acima da metade da capacidade dos aparelhos, principalmente com fones de ouvido, recomendam os especialistas | Imagem: reprodução |
De acordo com uma pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a surdez ocupa o quarto lugar na lista de doenças. Ela é considerada a primeira deficiência com mais impacto no índice de qualidade de vida da população, mais do que deficiência visual, de locomoção e outras 345 doenças. Isso levou a OMS a colocá-la como uma de suas cinco prioridades para este século.
A otorrinolaringologista Maura Neves, da Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia, explica que a surdez é classificada em quatro estágios: leve, moderada, severa e profunda. O que diferencia uma da outra é o quanto uma pessoa é capaz de ouvir, sendo o parâmetro o decibel – medida de intensidade de som.
Uma audição normal consegue ouvir abaixo de 25 decibéis, por exemplo, o canto de um passarinho, em torno de 10 decibéis, ou o ruído de um ponteiro de relógio de parede, 30 decibéis. “Uma pessoa com deficiência auditiva leve só ouve, a partir de 30 decibéis; com moderada, a partir de 50, com severa, a partir de 80 e com profunda, a partir de 100”, explica Maura.
Para cuidar da audição, confira abaixo algumas dicas:
• Evite ambientes barulhentos por muito tempo;
• Utilize sempre os acessórios de proteção auditiva (EPI), se as atividades profissionais exigirem muita exposição á ruídos intensos;
• Evite ouvir música em volume acima da metade da capacidade dos aparelhos, principalmente com fones de ouvido;
• Em casos de infecção de ouvido, procure um otorrinolaringologista e faça o tratamento indicado. Infecções, especialmente aquelas de repetição, são riscos potenciais de perda auditiva;
• Cuidado com objetos pontiagudos ou cotonetes. Esse tipo de objeto pode empurrar a cera para o tímpano ou até perfurar a membrana timpânica e afetar a audição;
• Se perceber dificuldade em entender ou grande necessidade em aumentar o volume da televisão, procure um especialista para fazer um exame de audição. Quanto mais cedo se cuidar, melhor!
Para finalizar, a fonoaudióloga comenta que a prevenção é o melhor remédio. “Perdas de audição são irreversíveis e poucas mudanças de hábito já surtem excelentes efeitos benefícios para a saúde auditiva, lembre-se de que ouvir é um privilégio”, finaliza Nathália.
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