sexta-feira, 6 de setembro de 2019

Troca de prótese de silicone a cada dez anos é mito

Redação

Quando o assunto é cirurgia plástica, o Brasil está à frente do México e Japão, ocupando o segundo lugar do ranking mundial. A última pesquisa da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica e Estética (ISAPS) revela que são realizadas cerca de 220 mil mamoplastias de aumento (aumento de mama com implantes de silicone) por ano, no Brasil.  Porém, muitas mulheres ficam na dúvida, se precisarão substituir a prótese a cada dez anos.

Prótese deve ser trocada apenas se houver algum problema, ou por questões estéticas, devido as alterações no corpo da mulher | Foto: divulgação 

Segundo orientação da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), a prótese deve ser trocada apenas se houver algum problema, caso a mulher queira aumentar o tamanho, ou ainda se houver necessidade de remodelagem pela flacidez do peito, devido a amamentação ou pelo processo natural de envelhecimento.

O uso da prótese mamária está no topo da demanda. De acordo com a SBCP, apenas em 2016, esse procedimento representou 19% de todos os realizados no país, totalizando 288.597 cirurgias. Diante da crescente e da gama de opções de clínicas, é preciso se atentar à segurança, ressalta o diretor do Centro Nacional — Cirurgia Plástica, Arnaldo Korn.  "Não se pode pagar barato por um procedimento que também envolve a saúde", afirma o especialista.

As próteses de silicone são colocadas com a finalidade de proporcionar melhor contorno, firmeza e simetria ao corpo. Sua composição é uma cápsula externa e gel interno de silicone. O implante é colocado através de uma incisão nas partes mais fundas das mamas, ou ainda pelas axilas. Essa cirurgia pode durar de uma a duas horas e a internação é de 12 horas, com alta no mesmo dia.
Entre as diversas dúvidas que norteiam esse procedimento, duas delas são sobre o tipo de prótese que deve ser usada e local adequado. A resposta é simples: ficam abaixo da glândula mamária ou do músculo peitoral maior, e a escolha é feita em paralelo com a preferência do paciente, o formato das mamas, e, claro, a recomendação do cirurgião.

Quem pode fazer é outra dúvida que permeia o assunto. Há restrições para jovens? E quem tem problema de saúde? Ambos os casos exigem atenção especial. Em relação aos jovens, é possível que o desenvolvimento das mamas esteja em andamento e, nesse caso, a cirurgia só é autorizada quando estiver finalizado. Ela também não é indicada a quem tem problemas de saúde sem controle clínico ou com alterações que impeçam o procedimento.

Os cuidados pós-cirurgia e, principalmente, a necessidade de troca da prótese são questões que precisam sempre ser lembradas. Entre algumas das diversas recomendações, estão: dormir só de barriga para cima — após de seis semanas a posição pode mudar. Deve-se evitar exercícios como levantar os braços, pois esse simples movimento pode romper os pontos ou deslocar a prótese. No início deve-se não se expor ao sol e, posteriormente, passar protetor solar na cicatriz, conforme recomendação médica.

Já o valor da cirurgia de prótese de silicone varia de R$ 12 mil a R$ 18 mil, dependendo do procedimento e também das marcas e modelos de prótese. Korn aponta que um dos fatores que contribui para o aumento da procura pelo procedimento é a facilidade de pagamento. "Hoje, é possível parcelar a remuneração, como faz o Centro Nacional — Cirurgia Plástica, que funciona como uma assessoria administrativa, oferecendo crédito com condições especiais de pagamento", finaliza.

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