quinta-feira, 17 de outubro de 2019

Suor excessivo pode ser hiperidrose

Redação

A sudorese é uma condição normal do ser humano e ajuda a manter a temperatura corporal. É normal suar quando se está calor, durante a prática de atividades físicas ou em certas situações específicas. Porém, se a transpiração é excessiva e ocorre mesmo sem a presença de qualquer um desses motivos, pode indicar um quadro de hiperidrose.

A hiperidrose primária afeta principalmente a região axilar, plantar, palmar e craniofacial. Há tratamentos para a doença | Foto: reprodução 

Em geral, a condição é percebida pelos pacientes quando o incômodo e as limitações começam a aparecer, causando profundo desconforto. Em muitos casos, chega a prejudicar a vida do indivíduo que, para evitar constrangimentos, acaba adotando uma postura mais caseira. O portador de hiperidrose pode até chegar a desenvolver quadros de ansiedade em situações de convívio social já que, além do suor muito evidente, a doença pode deixar roupas molhadas e amareladas ou, até mesmo, impedir atividades básicas como segurar uma caneta com firmeza ou andar de mãos dadas com alguém por conta da transpiração em demasia nas palmas das mãos.

A boa notícia é que, com o avanço das tecnologias no setor dermatológico, já existem diversos tratamentos que podem praticamente eliminar os sintomas desta condição, como a aplicação de toxina botulínica A no local em que há transpiração excessiva. A substância pode ser injetada nas axilas e mãos, para bloquear temporariamente a sudorese. Seu efeito inibe a liberação do neurotransmissor responsável por estimular a secreção do suor, conforme explica a dermatologista Daniela Pimentel.

“Realizado na região intradérmica, os efeitos do procedimento podem durar de quatro a nove meses, apresentando uma melhora significativa dos sintomas da doença e na qualidade de vida do paciente”, afirma Daniela. “Como benefício do uso da toxina botulínica A no tratamento da hiperidrose, temos a sua alta efetividade e satisfação dos pacientes, além de ser um procedimento bastante prático: as aplicações, em geral, são realizadas em consultório, apenas com o uso de anestésico tópico”, acrescenta.

A escolha do produto é uma etapa muito importante. “Eu recomendo o uso de produtos que tenham como princípio ativo a toxina botulínica A, por exemplo, pois já apresentam resultados cerca de 48h, após a aplicação no local da hiperidrose”, destaca a dermatologista. A substância age bloqueando o estímulo para a transpiração no local em que é aplicado.

É importante lembrar que a hiperidrose pode ser primária, isto é, não estar relacionada a qualquer outro tipo de doença, ou secundária, que é a condição relacionada a outras doenças (endocrinológicas, infecciosas, neoplasias, cardiovasculares, respiratórias ou neurológicas).

“A hiperidrose primária, que é a mais comum, afeta principalmente a região axilar, em 51% dos casos; além das regiões plantar, palmar e craniofacial. Em geral, a condição tem início entre 14 e 25 anos de idade e acomete tanto homens como mulheres”, esclarece Daniela.

Finalmente, antes de qualquer procedimento, é essencial que o paciente seja avaliado por um médico especialista, que irá analisar os sintomas e identificar o melhor tipo de tratamento para cada caso ou região a ser tratada. Além disso, existem outros tratamentos para a hiperidrose e a própria cirurgia, chamada de simpatectomia toracoscópica. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Coop promove ações gratuitas de saúde no ABC e interior

Redação Em janeiro, a Coop - Cooperativa de Consumo realizará a primeira edição de 2020 da Blitz da Saúde, programa social voltado aos mo...