sexta-feira, 22 de março de 2019

Gastroenterologista fala sobre intolerância à lactose

Da Redação

Estima-se que no Brasil cerca de 40% da população sofra com algum grau de deficiência de lactase no organismo – enzima produzida no intestino que quebra e decompõe a lactose, açúcar do leite e de seus derivados em moléculas menores que conseguem ser absorvidas pelo intestino. Essa incapacidade total ou parcial de digestão é popularmente conhecida por intolerância à lactose. O gastroenterologista Décio Chinzon explica peculiaridades dessa condição e como conviver com ela sem sofrimento.

A intolerância à lactose pode ser congênita, primária ou secundária | Foto: reprodução 
A intolerância à lactose é dividida em três tipos distintos

A do tipo congênita é caracterizada por deficiência total da enzima lactase, desde o nascimento da criança e é responsável por sintomas como diarreia e perda de peso no recém-nascido. O bebê portador não é capaz de degradar e, consequentemente, absorver o açúcar do leite. Essa é a forma mais grave e mais rara da deficiência enzimática e se manifesta logo nos primeiros momentos da amamentação.

Na denominada deficiência de lactase primária, ocorre uma progressiva perda da lactase intestinal, geneticamente determinada e normalmente os sintomas se iniciam na adolescência ou na vida adulta. Os sintomas mais comuns são distensão abdominal, cólica, flatulência e diarreia, que ocorrem após a ingestão de alimentos lácteos. E por fim, a secundária ocorre como consequência de doenças intestinais, que por causarem um processo inflamatório, contribuem para a diminuição de produção de lactase pelas células do intestino. Esse tipo de deficiência pode acontecer em qualquer idade e desaparece quando a doença de base é tratada.

O diagnóstico é simples, no qual são associados os dados clínicos (sintomas após a ingestão de lácteos ou derivados) com exames complementares como teste respiratório, sobrecarga de lactose ou mesmo testes genéticos.

 “Algumas estratégias como o fracionamento da ingestão de alimentos lácteos e a utilização de produtos com baixo teor de lactose podem ser utilizadas pela pessoa com deficiência primária de lactase  (intolerância à lactose do adulto). No entanto, a exclusão total de alimentos lácteos pode ser prejudicial para a obtenção de nutrientes como o cálcio entre outros elementos”, explica a especialista. Quando alimentos que contenham lactose forem ser consumidos, pode-se fazer uso da enzima lactase em comprimidos junto com a ingestão alimentar. É importante lembrar que o acompanhamento médico e nutricional é fundamental para essas pessoas”, conclui Chinzon.

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