Estresse emocional acentuado pode provocar sintomas muito semelhantes ao do infarto, como dor no peito, falta de ar, cansaço, tontura e náuseas, de acordo com o presidente da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp), José Francisco Kerr Saraiva. Por isso, a síndrome do coração partido exige tratamento médico adequado, muitas vezes com a participação não apenas do cardiologista, como também de psiquiatra e/ou psicólogo.
Síndrome do coração partido é mais comum em mulheres com idade superior a 40 anos | Foto: reprodução |
O cardiologista salienta serem muitas as causas que podem provocar a síndrome, como a morte de uma pessoa querida, separação conjugal, dificuldades profissionais e financeiras e perda de emprego, descoberta de uma doença grave, ou problemas que envolvam os filhos.
Embora diagnosticada como doença provocada por razões psicoemocionais, a síndrome do coração partido pode causar disfunções nas contrações dos ventrículos do coração, gerando sintomas iguais ao do infarto do miocárdio. É uma disfunção cardíaca transitória, mas precisa ser tratada com eficiência, evitando-se complicações.
A prevenção é a melhor forma de combate ao problema. O médico da Socesp indica a realização de exercícios físicos, especialmente em grupos, pois a atividade associada à sociabilização proporciona momentos de descontração e psicologicamente positivos. "Atividade física é sempre adequada e necessária para todos como prevenção às doenças cardiovasculares em geral; para aqueles que estejam submetidos a estresse emocional, é ainda mais importante, podendo evitar a síndrome do coração partido, um mal de nosso tempo", conclui.
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