Idosos e crianças são mais suscetíveis a terem problemas respiratórios, em decorrência de mudanças climáticas somadas à baixa umidade e temperatura do ar. No caso de bebês com menos de um mês até crianças com dois anos de idade essa situação torna bastante comum a evolução para quadros mais graves, como a bronquiolite.
Inalações de soro e medicamentos englobam o tratamento da bronquiolite | Foto: Freepik |
O médico explica ainda que não existe vacina contra o VSR. Para evitar a doença, principalmente nas seis primeiras semanas de vida, é recomendável não expor o bebê a grandes aglomerações ou contato com adultos com sintomas de gripe.
O tratamento pode ser feito em casa, com inalações de soro e medicamentos, antissépticos nasais e fluidificantes, somados à hidratação e à amamentação. Se houver necessidade, o pediatra pode ingressar com antibióticos.
Para os pacientes prematuros (menos de 34 semanas de vida), com defeitos cardíacos congênitos ou aqueles com doenças pulmonares crônicas e dependentes de oxigênio, é indicado o palivizumabe. “É um anticorpo monoclonal que tem como função neutralizar o VSR, prevenindo a infecção. A medicação está disponível na rede pública e também é coberta pelos convênios médicos, mediante relatório médico”, diz Salgado.
Além disso, a coordenadora do serviço de Pediatria do Hospital e Maternidade Dr Christovão da Gama (HMCG), que integra o Grupo Leforte, Sandra Helena Albuquerque Giannini, destaca que a infecção é autolimitada, ou seja, tem duração por um período específico e desaparece entre 7 e 10 dias. Algumas crianças apresentam sintomas gripais leves. Em outras, a doença pode ser grave. No caso das crianças mais velhas, os riscos são menores e, se forem acometidas por bronquiolite, não sofrem tanto quanto as mais jovens. O diagnóstico é clínico e pode ser corroborado por raio X de tórax, hemograma e pesquisa do VSR.
“É importante que não haja uma ação ou medicação sem a recomendação médica. Os pais precisam confiar no especialista para que não ocorram procedimentos desnecessários ou a doença evolua para uma pneumonia”, finaliza Sandra.
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