quarta-feira, 24 de abril de 2019

Exposição "Os anos em que vivemos em perigo" retrata atmosfera conturbada da década de 1960

Redação

A década de 1960 foi marcada por movimentos de contestação em vários países do mundo. No Brasil não foi diferente e, a despeito da censura imposta por um regime de exceção, houve no período uma intensa produção artística, que retratou a atmosfera de tensão e riscos da época. Para revisitar esse contexto, especificamente o período de 1965 a 1970, o Museu de Arte Moderna (MAM) de São Paulo exibirá de 30 de abril a 28 de julho a exposição “Os anos em que vivemos em perigo”.

Marcello Nitsche, "Eu quero você" (1966) | Foto: Romulo Fialdini

Com curadoria de Marcos Moraes, a exposição reúne desde a tendência pop até obras de filiação surrealista, muitas das quais exprimindo as inquietações sociais e comportamentais que marcaram aquela época. São ao todo 50 obras de artistas como Antônio Henrique Amaral, Anna Maria Maiolino, Antônio Manuel, Cláudio Tozzi, Maureen Bisilliat, Wesley Duke Lee, entre outros.

Pinturas, xilogravuras, fotografias e objetos foram selecionados para apresentar imagens associadas ao ambiente cultural vigente como as manifestações, greve, censura, utopia, repressão, desejo e identidade brasileira - um apanhado que apresenta a potencialidade da ampliação de horizontes produzida pela vanguarda brasileira nesta época. A ação educacional do museu também contribuirá para oferecer aos espectadores oportunidades de pensar sobre a cultura daquela década, oferecendo atividades estimulantes que complementam a experiência da visita ao MAM.

“Para a seleção de obras, considerei o contexto, o ambiente efervescente e os acontecimentos que envolveram esses artistas no período dos anos 60 com atitudes radicais frente ao sistema da arte vigente no país, entre eles as exposições: Nova Objetividade Brasileira (MAM RJ), 1ª JAC Jovem Arte Contemporânea (MAC USP), Exposição-não-exposição (Rex Gallery & Sons) e a 9ª Bienal de São Paulo. A proposta desta mostra será refletir sobre esses complexos momentos vividos, tendo como marcos os anos de 1965 e 1970 rebatendo e rebatidos em 2019, suas atmosferas marcadas pela vida e a presença do perigo e da ameaça”, explica Moraes.

O Museu de Arte Moderna de São Paulo fica no Parque Ibirapuera (av. Pedro Álvares Cabral, s/nº - Portões 1 e 3). Visitação de terça a domingo, das 10h às 17h30 (com permanência até as 18h).

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