quinta-feira, 18 de abril de 2019

Hipertensão arterial é a principal causa de insuficiência renal crônica

Redação

O Dia Mundial de Combate à Hipertensão lembrado em 26 de abril ressalta a importância de manter a pressão sanguínea sob controle, uma vez que ela é um dos principais fatores de risco para a ocorrência de acidente vascular cerebral, enfarte, aneurisma arterial e insuficiência cardíaca e renal.

Para prevenir a evolução da doença renal, é fundamental controlar a pressão arterial e adotar um estilo de vida saudável | Foto: Getty Images

Segundo levantamento realizado pelo Ministério da Saúde, um em cada quatro brasileiros adultos dizem ter diagnóstico médico de hipertensão. A doença tende a aumentar com a idade, chegando a 60,9% entre os adultos com 65 anos e mais; a prevalência é menor entre aqueles com maior escolaridade, chegando a 14,8% entre as pessoas com 12 anos ou mais de estudo.

Entre as complicações mais graves causadas pela pressão alta está a diminuição da função renal, uma vez que o rim é formado por pequenos vasos responsáveis pela filtragem do sangue, conforme explica o cardiologista e membro o comitê científico do Instituto Lado a Lado pela Vida, Marcelo Sampaio: "Quando o sangue chega ao rim com mais pressão, essas arteríolas são danificadas e perdem a capacidade de filtrar. A partir daí, ele começa a eliminar substâncias que deveriam ser absorvidas e segurar outras que deveriam ser eliminadas".

Segundo o médico, a hipertensão arterial pode ser causa e consequência da insuficiência renal. "Se os rins deixarem de eliminar o volume excedente, este, por sua vez, pode aumentar ainda mais a pressão arterial, invertendo o fluxo da doença", afirma Sampaio. Ele frisa que o comprometimento renal causado pela hipertensão arterial ocorre de maneira lenta e assintomática, o que compromete o diagnóstico precoce.

A doença renal crônica constitui hoje um importante problema de saúde pública. De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia, cerca de 35 mil pacientes entram no programa de hemodiálise todos os anos; cerca de 6 mil deles são transplantados, mas as clínicas cadastradas para o tratamento não conseguem atender à demanda. "A taxa de mortalidade é elevada e mantém-se constante por causa da concomitância de complicações cardiovasculares", ressalta Sampaio.

Além da falta de controle da pressão arterial, diabetes, colesterol alto e o tabagismo contribuem não apenas para a piora da saúde dos rins, mas também para uma evolução pior da doença renal crônica. Por isso, o cardiologista recomenda que os pacientes idosos e obesos realizem exames periódicos para avaliação da função renal, e o mesmo vale para os hipertensos. Os exames iniciais utilizados para esta finalidade são a dosagem da creatinina e o exame de urina tipo 1.
 
Prevenção 
Para prevenir a evolução da doença renal, é fundamental controlar a pressão arterial. Além disso, adotar estilo de vida saudável, como evitar o sobrepeso, reduzir a quantidade de sal e sódio na dieta, parar de fumar e praticar 30 minutos de atividades físicas diariamente podem fazer a diferença.

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