quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Dia Nacional de Combate ao Fumo: cigarro aumenta a chance de desenvolver câncer e AVC

Redação

O cigarro tem mais de 4,7 mil substâncias presentes em sua composição e está na origem de 90% dos casos de câncer de pulmão no mundo. Ele também se relaciona a várias doenças do sistema cardiovascular, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC). Nesta quinta-feira (29) é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Fumo, data que tem como objetivo conscientizar sobre os riscos que os fumantes ativos e passivos se submetem, bem como os benefícios de parar de consumir o cigarro.

O cigarro é a principal causa de morte evitável no mundo e chega a reduzir a expectativa de vida em 20 anos | Foto: Sezeryadigar/iStcok

Segundo levantamento feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS), dentro das mais de 4 mil substâncias químicas em um cigarro, 250 delas são prejudiciais e 50 são conhecidas por causar câncer. São 14 os tumores malignos associados ao uso de tabaco: câncer de pulmão, de boca, laringe, faringe, esôfago, estômago, pâncreas, fígado, intestino, rim, bexiga, colo de útero, ovário e alguns tipos de leucemia. O Brasil ocupa o oitavo lugar no ranking de número absoluto de fumantes. Segundo o Ministério da Saúde, o hábito tende a ser mais frequente entre adultos de 45 a 64 anos e entre pessoas com baixa escolaridade.

O tabagismo está na origem de 90% de todos os casos de câncer de pulmão no mundo, e entre os 10% restantes, 1/3 deles são os chamados fumantes passivos, sendo responsável por ampliar em cerca de 20 vezes o risco de surgimento da doença. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o Brasil registra 28.220 novos casos de tumores pulmonares ao ano. Os malefícios não são notados apenas a longo prazo. Algumas alterações no organismo podem ser percebidas imediatamente, após a interrupção do fumo cotidiano.

Cigarro e AVC
O acidente vascular cerebral (AVC) é a doença que mais causa mortes no Brasil, e chega a ser responsável por mais de 100 mil mortes por ano, além de ser a maior causadora de incapacidade do mundo. Um dos principais fatores de risco da doença é o tabagismo. Os fumantes têm risco duas vezes maior de desenvolver um quadro de AVC em comparação com pessoas que não fumaram ao longo da vida. Estima-se que aproximadamente 20% dos casos de AVC estão relacionados ao tabagismo.

De acordo com o neurologista do HCor, José Renato Bauab, o tabagismo é um fator de risco para o AVC isquêmico. "O paciente que cessa o tabagismo automaticamente já reduz os seus fatores de riscos cardiovasculares", esclarece Bauab.

A influência do tabagismo no AVC isquêmicoO AVC isquêmico se deve principalmente à facilitação de placas de colesterol em vasos sanguíneos do cérebro, e pode levar a uma obstrução do fluxo de sangue e, posteriormente, ao quadro de isquemia.

Combate ao vícioPara diminuir o risco de ter o AVC, é fundamental a interrupção do fumo. "Hoje em dia existem técnicas que podem facilitar o fumante a manter-se longe do cigarro durante o período de abstinência. O ideal é parar de fumar com acompanhamento médico", orienta Bauab.

O tabagismo custa à economia global mais de 1 trilhão de dólares por ano e matará um terço a mais de pessoas até 2030 do que agora, segundo dados da OMS e do Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos. O número de mortes relacionadas ao tabaco deverá aumentar de cerca de 6 milhões de mortes para cerca de 8 milhões anualmente até 2030, sendo que mais de 80% delas vão ocorrer em países de baixa e média renda. O cigarro é a principal causa de morte evitável no mundo e chega a reduzir a expectativa de vida em 20 anos.

De acordo com a gerente de Psicologia e Coordenadora do Programa Vida Sem Cigarro do HCor, Silvia Cury Ismael, o programa consiste em sessões de 30 minutos, com o objetivo de orientar o processo de cessação do cigarro, além da entrega de material de apoio. "Ele é fácil de usar e pode ser utilizado por meio de dispositivo instalado no computador, tablet ou celular", explica Silvia.

O programa online tem início entre a primeira e a última avaliação presencial realizada pelo médico, psicólogo e, se necessário, por um nutricionista. "A maior parte do programa é realizada a distância e prioriza o bem-estar de cada paciente, com a finalidade de superar as dificuldades e prestar o apoio necessário quando houver recaídas", esclarece a coordenadora do programa no HCor.

Programa Vida Sem Cigarro
Consiste em consultas presenciais com equipe multidisciplinar (psicólogo, médico e nutricionista se for o caso), especializada em cessação de tabagismo para avaliação e reavaliação do paciente, bem como a orientação para melhor dinâmica do programa. Consultas on-line: acompanhamento a distância com psicólogo por vídeo consulta com o objetivo de orientar, apoiar dificuldades e prevenir recaídas. Para conhecer o programa e se cadastrar basta acessar a página do programa, ou entrar em contato com o Núcleo de Atendimento Psicológico HCor no telefone: (11) 3053-6611 nos ramais: 7600 ou 7610 ou por e-mail: vidassemcigarro@hcor.com.br.

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